Após ensaiar um recuo, o governador de Alagoas, Teotonio Vilela (PSDB), decidiu manter o decreto que cassa o aumento salarial do funcionalismo público estadual, autorizado em abril do ano passado. Embora tenha pago as parcelas cortadas dos salários de janeiro à maioria dos servidores, Vilela argumenta que não pode voltar atrás para não descumprir a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), que limita os gastos com o serviço público.

Indignada com a medida, grande parcela do funcionalismo alagoano decidiu entrar em greve desde o último dia 16. Policiais civis, profissionais da saúde de nível técnico e superior, professores e outros servidores engrossaram o movimento exigindo a revogação do decreto.

Para pressionar o governo, os trabalhadores estaduais estão acampados no prédio da Secretaria da Fazenda do Estado (Sefaz). Militantes do MLST e do MST reforçaram a ocupação em solidariedade aos servidores.

Após a liberação das parcelas cortadas dos salários, os servidores mantiveram a greve. À exceção dos médicos, enfermeiros e dentistas, a ampla maioria do funcionalismo público do Estado deve permanecer paralisada até a revogação do decreto, como é o caso dos servidores da Polícia Civil e dos professores, que exigem os 80% referentes à isonomia contra os 30% propostos pelo governo.
No entanto, no último dia 25, a ocupação terminou após uma assembléia das categorias em que a CUT jogou peso na desmobilização. Com a manobra, a central tenta impedir que ocorra um desgaste do governo Lula, principal responsável pela manutenção da LRF.

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