Os trabalhadores que passavam pela avenida Chile nessa manhã nublada de quarta se deparam com um grande acampamento armado no Centro do Rio. Olhares curiosos e intrigados acompanhavam o despertar dos acampados, que tomavam café em pleno “triângulo das bermudas”, apelidado dado à área localizada entre a Petrobras, o BNDES e o antigo BNH. Balões imensos e faixas explicavam o motivo da manifestação ao estampar a frase “O petróleo tem que ser nosso”.

A quarta inicia a programação de atividades culturais e debates que se estenderá até o dia 19, quando se encerra a vigília. Às 10h, o cacique Xohã faz oficina de pintura corporal e artesanato indígena. Em seguida, oficina de contadores de história. A partir de 14h até às 17h sessões de cinema seguidas de pequenos debates sobre os filmes. O debate sobre conjuntura nacional e a questão do petróleo começa às 17h com Paulo Metri e Francisco Soriano.

A vigília faz parte das atividades de luta contra os leilões do petróleo e gás brasileiros, realizados pelo governo Federal. As entidades do Fórum reivindicam uma Petrobrás 100% estatal e alterações na atual legislação do setor, com a retomada das áreas já desnacionalizadas nos leilões anteriores.