Redação

Depois do banho de sangue que o imperialismo promoveu no Afeganistão, há um ressurgir da resistência. Os 18 mil soldados americanos em território afegão e o governo fantoche e corrupto imposto pelos EUA vêm sendo alvo de fortes ações guerrilheiras. Na última delas, semana passada, morreram dez militares americanos, e um avião U2, usado pelos EUA para fazer espionagem, foi abatido. Desde março, já morreram mais de 60 policiais afegãos e soldados americanos, segundo a imprensa burguesa.

O novo ascenso da resistência no Afeganistão está preocupando o imperialismo. Seu plano de garantir as eleições, marcadas para setembro, para que possa impor um governo burguês mais “legítimo”, está ameaçado.

A resistência afegã contra os americanos também foi alimentada pelas denúncias de violações do Alcorão na prisão de Guantánamo. No mês passado, a revista americana Newsweek havia anunciado e a Cruz Vermelha confirmado que os militares norte-americanos em Guantánamo estavam praticando um tipo de tortura mais sofisticado: urinavam no Alcorão. O livro sagrado dos muçulmanos foi jogado na latrina e rasgado diante dos presos. Por que escolheram justo o Alcorão? Porque em suas páginas os muçulmanos crêem estar a sua identidade, as leis sagradas que unem seu povo e dão algum fundamento a suas crenças. Urinando no Alcorão, os americanos buscaram o ponto mais caro ao islamismo para humilhar os muçulmanos e quebrar seu moral. A mensagem: para os americanos, um muçulmano não vale nada e, por isso, pode ser atirado na latrina, como um dejeto.

O próprio Pentágono teve de confirmar os abusos. No entanto, a linha de Bush é atribuí-los a algum soldado mais exaltado, protegendo as altas patentes.
A prática de torturas nas prisões é um padrão adotado pelos EUA há muito tempo. Seu recrudescimento é diretamente proporcional à resistência dos povos contra o imperialismo. É a política de um invasor colonial que, para justificar seus atos, levanta cinicamente a bandeira dos direitos humanos, ao mesmo tempo que exibe as técnicas mais avançadas para quebrar seus prisioneiros enquanto eles estão amarrados e indefesos.

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