A rua Al-Shuhada é um símbolo da ocupação e da discriminação racial contra os palestinos

A rua Al-Shuhada é um símbolo da ocupação e da discriminação racial contra os palestinos na cidade de Al-Khalil (Hebron) e em toda a Palestina. Há 21 anos, as Forças Israelenses de Ocupação (FIO) fecharam a Rua Al-Shuhada para os veículos palestinos, depois do massacre da Mesquita Ibrahimi, quando 29 muçulmanos foram assassinados por Baruch Goldstein, um colono israelense-americano. Em 2000, os palestinos foram proibidos de caminhar por esta rua. Apesar de sentenças judiciais e da admissão da ilegalidade do fechamento da rua pelo governo israelense, ela continua fechada desde 1994.
Em toda Al-Khalil, as ações organizadas pela ocupação e pelos colonos tornaram a vida extremamente difícil para mais de 220 mil palestinos que vivem na cidade, levando à expulsão de mais de 15 mil deles de seus lares.
 
As Forças Israelenses de Ocupação (FIO) impuseram procedimentos de evacuações forçadas, toque de recolher, fechamento de mercados e ruas, postos de controle e lei militar na cidade, o que implica repetidas inspeções aleatórias e prisões sem nenhuma acusação. Além de não haver nenhuma proteção contra a violência e pressão dos colonos israelenses. Frases de ódio e intolerância foram pichadas nas portas dos negócios palestinos fechados. As ruas de acesso e saída da Rua Al-Shuhada também são fechadas algumas vezes, não deixando outra alternativa aos moradores a não ser subir pelos telhados para sair de casa.
“Abram a Rua Al-Shuhada” é uma campanha internacional, de iniciativa palestina, que busca organizar a solidariedade do mundo inteiro com os residentes palestinos de Al-Khalil.
 
A CSP – Conlutas teve uma importante iniciativa. A Central está na Palestina com dois representantes que levam a solidariedade de suas entidades e movimentos. No dia 20 de fevereiro, uma manifestação aconteceu em Hebron  contra o apartheid israelense e os assentamentos dos colonos sionistas. O protesto foi duramente reprimido pelas forças de segurança de Israel. “Estávamos em frente a um portão militar de Israel que fica na rua Al Shuhada e rolou uma repressão, a manifestação estava pacífica, cantando músicas, com muitas representações internacionais de Direitos Humanos, e do, nada jogaram várias granadas de efeito moral e gás lacrimogêno”, relata Herbert Claros, da CSP-Conlutas, do PSTU e da LIT-QI, presente na manifestação. 
 
Para organizar ações de solidariedade ou fazer parte da campanha de 19 a 29/02/2015 em seu país, cidade ou universidade, entre em contato pelo e-mail [email protected] ou por facebook e twitter.
O PSTU apoia esta luta!

 

 

Check-point em Hebron. Essa é uma via que liga a cidade antiga de Hebron a mesquita Al Ibraheme. Os palestinos são obrigados a passar por esse controle e detectores de metal para acessar as principais vias do centro.

Publicado por CSP – Conlutas em Sexta, 19 de fevereiro de 2016

 

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