`FotoNo dia 16 de setembro, foi entregue em Brasília os abaixo-assinados exigindo: a realização de um Plebiscito Oficial – para que seja o povo a decidir se o Brasil deve ou não seguir nas negociações da ALCA – , auditoria l da dívida externa e cancelamento do acordo de Alcântara.

Durante a manhã, a Campanha deu uma entrevista coletiva no Plenário I da Câmara dos Deputados. Na mesa, estavam Dom Tomás Balduíno pela CNBB, Maria Lúcia Fattorelli, da Unafisco e da Auditoria da Dívida, João Paulo, do MST, Luis Carlos Prates, o Mancha, da Federação dos Metalúrgicos e do PSTU, Luís Basségio, do Grito dos Excluídos, Tatto do ANDES-SN e o Deputado Luis Eduardo Greenhalgh.

Do lado de fora, na entrada do Anexo II da Câmara, mais de 300 companheiros faziam uma manifestação contra a ALCA, o FMI e a Dívida e exigiam o Plebiscito Oficial.

Infelizmente, a Coordenação desmarcou o ato e as caravanas que originalmente estavam previstas para a entrega dos abaixo assinados. Ainda assim, o sindicato dos metalúrgicos de São José dos Campos, o PSTU de São Paulo e outros estados fizeram um esforço e enviaram ônibus para lá. De modo que militantes do PSTU de São Paulo, São José, Minas, Rio e Brasília garantiram um protesto, ao qual se somaram também companheiros do MST – que estavam acampados na capital contra os transgênicos.

Na coletiva, Dom Tomás enfatizou “Queremos um Plebiscito Oficial porque este acordo vai excluir, desempregar, concentrar cada vez mais, nos humilhando muito mais do que a velha colônia”

Maria Lúcia respondendo à um jornalista disse: “O governo continua destinando a maioria do orçamento à dívida. Essa política é imposta pelo FMI, que também está nos impondo as reformas previdenciária, trabalhista e tributária. As reformas e essa dependência do FMI é o tapete para a ALCA. O recado desta Campanha é que queremos Plebiscito Oficial e auditoria oficial. Estamos fazendo a nossa parte, mobilizando. O Plebiscito é um elemento de democracia direta que consta na Constituição. Democracia não é dar um cheque em branco. Nós esperamos que os três poderes dêem atenção à voz do povo, porque está em jogo a soberania, que, na constituição, não é dos três poderes, mas do povo.”

Do lado de fora, os manifestantes gritavam “ô Lula, eu quero ver, o Plebiscito sobre a Alca acontecer”.

Como a entrega dos abaixo assinados audiências no Ministério das Relações Exteriores e demais poderes ocorreriam a partir das 16hs, os manifestantes foram para o ministério da Justiça, onde havia audiência com o MST em torno das prisões e assassinatos dos sem-terra e também audiência – exigida pela Fasubra – para tratar do inquérito sobre os assassinatos de José Luís e Rosa Sundermann.

Lá, sob os gritos de “Preso político, não vai dar não. Libertem Zé Rainha da prisão” , fizeram um ato. Em seguida, sairam em passeata até o ministério das Relações Exteriores e posteriormente até o Palácio do Planalto.

Post author Mariúcha Fontana,
da redação
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