Ariel Sharon, o Hitler dos israelenses, comanda nesse momento uma ofensiva em grande escala do Exército de Israel em Ramallah, cercando o quartel General da Autoridade Nacional Palestina, matando indiscriminadamente civis e, inclusive, impedindo o acesso da imprensa internacional à cidade.

Os tanques avançam também sobre outras cidades e campos de refugiados, prometendo um novo massacre que pode ser ainda superior ao que já vem sendo praticado nos últimos meses.

Os relatos de organizações dos direitos humanos dão conta do crime contra a humanidade que vem sendo praticado por Israel, que não poupa nem mesmo os doentes, invade hospitais e fuzila indiscriminadamente os Palestinos.

Estimulados por seus co-patrocinadores, o governo dos EUA e monopólios norte-americanos, os governantes de Israel querem tomar definitivamente todo território palestino e impor de vez um regime de Apartheid sobre a população palestina.

O escritor português José Saramago, horrorizado pelo que viu numa visita em Ramallah, comparou as ações do governo israelense contra os palestinos ao que os nazistas fizeram com os judeus no campo de extermínio de Auschwitz durante a segunda Guerra Mundial.

Saramago tem razão. Israel é um estado nazista. Um estado criado a partir da invasão da Palestina e expulsão de todo um povo de suas terras e casas. Um estado armado até os dentes pelos EUA para assegurar seus interesses sobre o petróleo dos Árabes. Um estado criado sob o lema de “uma terra sem povo para um povo sem terra”, quando havia um povo lá, o povo palestino, legítimo dono de todo território. Desde aí, Israel no melhor estilo hitlerista, considera os palestinos uma sub-raça.

Basta ver a orientação de um oficial do Exército Israelense a seus subordinados, publicado no jornal israelense Maariv “Se o nosso trabalho é lidar com um campo de refugiados densamente povoado (…) devemos então antes de tudo analisar e ter em conta as lições de batalhas passadas, e mesmo – por mais chocante que isso possa parecer – analisar como o exército alemão operava no gueto de Varsóvia”.

Basta ver os fatos recentes, como os números marcados pelos israelenses nas mãos e braços dos prisioneiros, para ver que os soldados israelenses são ensinados a tratar os palestinos como sub-homens. E lembremos que também as autoridades nazistas chamavam as organizações de resistência no Gueto de Varsóvia de “terroristas”.

A resistência heróica do povo palestino e a Intifada – seu instrumento legítimo de luta contra a guerra de extermínio de Israel – cresceram e estão mais fortes que nunca. Mas os palestinos precisam do apoio dos trabalhadores, do movimento popular e democrático de todo o mundo para derrotar essa nova ofensiva de Israel.

Quando as massas dos demais países árabes se levantam, é hora de que todo o movimento operário e popular em todo o mundo tome as ruas e cerquem as embaixadas de Israel e dos EUA para exigir a retirada imediata das tropas israelenses de Ramallah e de todos territórios ocupados. É hora de todos assumirmos a bandeira da libertação da Palestina!

No Brasil, chamamos especialmente o PT a sair do muro. Não podemos compactuar com o governo brasileiro e com toda mídia da classe dominante que condena por igual Sharon e a resistência palestina, chamando-os de “terroristas”.

Pelo contrário, devemos dar apoio incondicional à Intifada e cobrir de glória os militantes que – sem armas – contra um exército armado até os dentes pelos EUA dão a sua vida para derrotar o exército invasor e conquistar a independência para seu povo.

  • Fora Israel da Palestina!
  • Todo apoio à Intifada e ao povo palestino!

    PSTU – Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado

    José Maria de Almeida – Presidente do PSTU