O governo, o PT, a burguesia e todos os defensores do neoliberalismo dizem que não existe outra saída. “A globalização é um fato, não podemos fugir dela”. Deste modo só poderíamos aplicar as receitas do FMI e torcer para dar certo.

Agora, que a crise está chegando, o chefe da Casa Civil, José Dirceu, propôs aos principais representantes da burguesia um Pacto Social, dizendo o seguinte: “Só um pacto nacional conseguirá evitar uma crise desse tamanho, se ela vier”.
A crise, no entanto, é inevitável.

Outros criticam o governo, mas apontam saídas por dentro do capitalismo, como o caminho traçado pelos asiáticos.

O modelo asiático é parte da divisão do mercado mundial determinado pelo imperialismo e impõe também enormes ataques aos trabalhadores. Ou se aceita o papel determinado pelo FMI para o Brasil, ou se rompe com o imperialismo. Não existem meias medidas neste terreno.

Nós propomos um acordo entre os trabalhadores, contra o governo e o FMI. Não existe saída econômica para o país a não ser a ruptura com o FMI e o imperialismo.
Seria necessário deixar de pagar as dívidas externa e interna e apontar uma nova saída para a economia brasileira. Uma saída em que, pela primeira vez, não fossem os trabalhadores a pagar pela crise, mas a burguesia, com seus lucros e propriedades. Seria possível, em dois anos, resolver problemas sociais gravíssimos, como o desemprego e a reforma agrária, só com o dinheiro do não pagamento das dívidas interna e externa.

Mas, dizem os defensores da submissão, que se fizéssemos isso, deixaríamos de ter os investimentos externos. De que investimentos estão falando? Já pagamos com as parcelas e juros da dívida muito mais do que recebemos de empréstimos.

O compromisso de um verdadeiro governo dos trabalhadores (e não de um moleque de recados do FMI, como Lula), deve ser com a solução da miséria do povo, e não com os grandes bancos credores.

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