Enquanto cresce a indignação com o Prouni e a luta contra a reforma, a UNE segue do outro lado da trincheira.

Segundo nota oficial da entidade, o projeto original do governo tinha diversos pontos positivos, como a ocupação de vagas ociosas nas instituições sem fins lucrativos e a regulamentação da filantropia, e, portanto, era possível melhorá-lo ainda mais através do debate no Congresso Nacional.

A UNE critica o governo apenas pelo “autoritarismo”, e pela redução do número de bolsas.

Ou seja, a UNE abandonou a reivindicação histórica de “fim da filantropia” – fachada das grandes faculdades privadas que possuem lucros exorbitantes – e negociava o Prouni no Congresso Nacional. O Congresso é balcão de negócios dos tubarões do ensino, e não existe debate democrático ali.

Isso demonstra, mais uma vez, que a UNE é incapaz de organizar a luta contra a reforma, e que essa deve ser feita sem esperar pela entidade, através da Coordenação Nacional de Luta dos estudantes e de todos os setores contrários a reforma.
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