Emília Tolosa e Ramiro Antunes

Como dissemos em artigo anterior, neste 14 de março completam-se três anos do brutal assassinato de Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, e não se está nem perto de saber quem são os mandantes e suas motivações. Ainda que uma das razões da demora nas investigações seja a complexidade do caso e o “profissionalismo” dos executantes, a principal causa desta demora reside no fato de que as forças que deveriam elucidar o caso estão, em parte, também envolvidas na autoria do crime.

É consenso que milícias estão envolvidas no bárbaro assassinato de Marielle. As mílicias são uma associação criminosa de agentes de segurança pública com fins lucrativos. Ronnie Lessa era comprovadamente miliciano, mas qual sua relação com Adriano da Nóbrega e a família Bolsonaro? São só coincidências como afirma o próprio presidente? Neste artigo sintetizamos o que foi revelado na imprensa sobre o caso e qual a relação das milícias com a extrema-direita e a família Bolsonaro.

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Ronnie Lessa, Adriano da Nóbrega e Marielle Franco

Na época em que foi preso, Ronnie Lessa vivia num condomínio de luxo da Barra da Tijuca, ele possuía um lote em outro condomínio de luxo na cidade de Angra dos Reis e uma lancha. A Polícia Militar (PM) não lhe proveu os rendimentos para essa vida de luxo, mas garantiu os caminhos para o enriquecimento ilícito. Ex-integrante do grupo de extermínio “Scuderie Le Cocq”[1], integrou o Exército em 1988 e entrou na PM em 1991. Nos anos 90, apesar de não ter feito o Curso de Operações Especiais, participou de várias operações do BOPE (Batalhão de Operações Policiais Especiais) por conta das suas “qualidades” como atirador: “Lessa era um serial killer. Já levou vários tiros, mas se manteve de pé. Era um verdadeiro soldado de guerra. Máquina de matar”, conforme relatou um experiente policial civil que atuou com o miliciano[2].

Esse perfil levou a que, nos anos 2000, ele integrasse a segurança pessoal do bicheiro Rogério de Andrade (sobrinho de Castor de Andrade).  Aposentou-se da PM após um atentado à bomba que o deixou sem uma perna, mas manteve os negócios no crime organizado. As investigações relatam que era dono de um bingo clandestino na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro, que continha cerca de 80 máquinas caça-níqueis, uma academia e uma loja de tatuagens no bairro Rio das Pedras (localizado também na Zona Oeste), e que também estava envolvido com tráfico de armas. Além disso, Lessa é suspeito de estar associado aos negócios do ex-vereador do Rio Cristiano Girão, preso em decorrência da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das milícias no bairro Gardênia Azul (vizinho de Rio das Pedras)[3].

A sua trajetória é muito semelhante à de Adriano da Nóbrega, ex-chefe da milícia de Rio das Pedras. Adriano era afilhado afetivo de um bicheiro, Waldomiro Paes Garcia, o Maninho, que era dono do haras em que seu pai trabalhava. Adriano integrou a PM aos 21 anos, em 1998. Possuindo características muito semelhantes às de Ronnie Lessa, Adriano integrou o Bope por três anos depois: “Sentia prazer em fazer investidas de madrugada nas favelas cariocas para apreender armas e bandidos. Um colega contou que, quando não havia alguma ação programada, o então tenente fazia incursões por conta própria. ‘Ele pegava uma kombi e poucos praças, enchia de armamento e entrava, sem fazer alarde, em comunidades do Rio no meio da madrugada. Essas ações quase sempre terminavam em apreensões e mortes’, relatou o policial.[4]

A constância nas práticas de tortura, extorsão e execuções se tornaram exageradas até para uma instituição como o Bope. Adriano foi afastado do Bope alguns anos depois, retornando aos batalhões da Polícia Militar. Em 2003, ele conheceu Fabrício Queiroz no 18°Batalhão da Polícia Militar[5] (Jacarepaguá) e os dois tornaram-se parceiros nas extorsões, “arrego” (propina que o tráfico paga para autoridades) e execuções. Em 2004, Adriano foi preso pelo sequestro, extorsão e assassinato de um guardador de carros. Apesar de ter sido condenado, em primeira instância, a 19 anos de prisão, por conta das múltiplas provas incriminatórias, acabou por ser absolvido em 2007 na segunda instância. Isto ocorreu, em boa parte, pelo esforço de Jair e Flávio Bolsonaro em garantir a sua defesa.

Após ser inocentado em 2007, Adriano envolveu-se definitivamente com o crime organizado, fazendo o trabalho de segurança e matador para o bicheiro Zé Personal, genro do seu padrinho Maninho. Em dezembro de 2013, Adriano da Nóbrega foi expulso dos quadros da Polícia Militar em razão das acusações de sua ligação com o jogo do bicho. Após sair da PM, ele também montou um grupo de matadores profissionais, o “Escritório do Crime”, com um modus operandi típico: uso de submetralhadoras, carro clonado, ausência de vestígios, assassinatos precisos com uma rajada: “Ele usa um fuzil com a coronha cortada e se coloca no banco de trás do veículo, de forma que posiciona somente o cano da arma para o lado de fora, evitando assim que as cápsulas deflagradas sejam ejetadas para fora do veículo e tirando a materialidade de um confronto de balística[6]. Atrevemo-nos a dizer que qualquer semelhança com a execução de Marielle Franco não deve ser mera coincidência.

Essa conexão com os bicheiros e as ligações com o 18º Batalhão da PM acabaram por aproximá-lo das milícias atuantes na Zona Oeste da cidade. As consecutivas decapitações dos chefes das milícias que atuavam no bairro Rio das Pedras abriram o caminho para que Adriano da Nóbrega e o major Ronald Paulo Alves Pereira se tornassem os cabeças das milícias que atuavam neste bairro e na Favela da Muzema, desde pelo menos 2015.

Em 2019, durante a operação Os Intocáveis, quase toda a cúpula da milícia atuante no bairro Rio das Pedras foi presa, exceto o próprio Adriano da Nóbrega, que fugiu e acabou sendo morto na Bahia, numa mais que provável queima de arquivo.

Um dos presos na operação Os Intocáveis, Laerte Silva de Lima, filiou-se ao PSOL em 17 de abril de 2017, exatamente no mesmo dia em que Ronnie Lessa iniciou as buscas de internet sobre o PSOL e figuras relacionadas ao movimento negro e de periferia.[7]

Ronnie Lessa e Adriano da Nóbrega têm percursos e perfis muito semelhantes, moviam-se nos mesmos meios, eram seguranças de bicheiros, eram matadores profissionais, tinham o mesmo modus operandi de execuções. Lembramos, também, que Lessa tinha uma academia em Rio das Pedras, então dominada pelo grupo de Nóbrega.

Não existe, até ao momento, comprovação pública da conexão direta do Escritório do Crime com Ronnie Lessa e a execução de Marielle Franco. No entanto, a ligação de Lessa com as milícias é incontornável, e aí começa uma parte importante na resolução do caso. As milícias não são compostas apenas por agentes de segurança pública, estão infiltradas em todos os poderes, no Judiciário, Legislativo e no Executivo. Atuam tanto em nível municipal, estadual e federal. Ou seja, a investigação em curso se defronta ou é executada contra as próprias instâncias do Estado. Nas palavras da promotora Simone Sibilio, do Ministério Público do Rio: “(…) era o fato de os envolvidos estarem ligados à polícia e conhecerem por dentro os atalhos para atrapalhar ou despistar uma apuração. Além de evitarem celulares, imagens de vídeo, testemunhas, as quadrilhas trabalhavam com contrainformação, plantando pistas falsas para implicar rivais. [8]

A conexão com a família Bolsonaro

A vizinhança de Bolsonaro com Ronnie Lessa, em um condomínio de luxo na Barra da Tijuca, por si só, não comprova nada. Caso contrário, o mesmo poderia ser concluído para todos os moradores restantes deste condomínio. Mas essa relação de vizinhança não é, de longe, um fato isolado nas pontes existentes entre a família Bolsonaro e as milícias no Rio de Janeiro.

Mais difícil de explicar é a fotografia de Bolsonaro com o ex-policial militar Élcio de Queiroz, o motorista do carro Cobalt prata que transportava Ronnie Lessa na execução de Marielle e Anderson. “Tenho fotos com milhares de PMs”, afirmou Bolsonaro em sua defesa. É um fato, mas uma coincidência pode ser só uma coincidência, duas coincidências podem ser só duas coincidências, o problema é quando uma grande quantidade de coincidências se soma em um mesmo tema. O que se torna mais difícil ainda de se justificar como sendo apenas uma “coincidência” é a relação dos integrantes da família Bolsonaro com Adriano da Nóbrega e as movimentações de Fabrício Queiroz, ex-assessor e ex-motorista do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ).

A primeira menção honrosa na ALERJ (Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro) ao ex-capitão data de 2003, época em que estava lotado no 18° Batalhão junto com Fabrício Queiroz. Quando Nóbrega foi preso pela primeira vez, Flávio e Jair Bolsonaro fizeram de tudo para que ele fosse inocentado, inclusive emitiram declarações na Câmara dos Deputados prestando apoio a Adriano e solicitando a ajuda da juíza Denise Frossard, deputada na época, na sua defesa. Em junho de 2005, mesmo estando preso, Adriano recebeu a Medalha Tiradentes, mais alta condecoração concedida pela ALERJ, pela mão dos Bolsonaros. A ex-esposa de Adriano era funcionária da ALERJ desde 2010, sua última esposa desde 2015 e sua mãe desde 2016. Todas elas envolvidas no esquema da “rachadinha” juntamente com Fabrício Queiroz.[9]

A lista dos homenageados pelo filho “zero um” (Flávio Bolsonaro) na ALERJ é extensa em suspeitos de execuções, extorsão e chacinas. Há, no entanto, mais um elemento que nos chama atenção, em 2004, o então capitão Ronald Paulo Alves Pereira também foi homenageado na ALERJ. Três meses antes, Ronald havia sido acusado de participar da chacina de quatro jovens na casa de espetáculos Via Show, em São João de Meriti, na Baixada Fluminense[10]. Quinze anos depois, o Major Ronald Paulo Alves Pereira foi preso na operação Os Intocáveis por chefiar, junto com Nóbrega, as milícias de Rio das Pedras e Muzema.

O ex-policial Fabricio Queiroz tem uma amizade de longa data com a família Bolsonaro, já amplamente conhecida e divulgada pela mídia. Mas quais são suas relações com as milícias? Em 2007, foi cedido para a Assembleia Legislativa do Rio; virou segurança e motorista do então deputado estadual Flávio Bolsonaro. Foi Queiroz quem indicou os familiares de Nóbrega para o gabinete do filho “zero um”, que posteriormente foram envolvidas no esquema da “rachadinha”, como dissemos. Essas mesmas familiares de Nóbrega eram donas de uma pizzaria que transferiram cerca de R$ 400 mil para a conta de Queiroz.

Posteriormente, em dezembro de 2019, quando Nóbrega e Queiroz estavam foragidos, houve pelo menos três encontros de ambas as famílias, segundo foi noticiado em vários órgãos de imprensa, na casa da mãe de Adriano da Nóbrega. Para esse encontro, foram Márcia, esposa de Queiroz, o advogado eleitoral de Flávio Bolsonaro, Luis Gustavo Botto Maia, e a ex-mulher de Adriano, Danielle Mendonça. Esta última iria levar um “recado a Adriano”. Em um outro encontro, Queiroz orientou a mãe de Adriano a permanecer escondida.[11]

Forças de segurança e crime organizado

O envolvimento das diferentes forças policiais com o crime vem de longe. A corrupção do Estado, nos diversos poderes, é inerente ao capitalismo, mas podemos dizer que o Rio de Janeiro tem sido vanguarda tanto nacional como internacional em várias modalidades de corrupção e crime das mais variadas categorias. Tal não se deve a alguma natureza específica do carioca, como muito se defende por aí. As raízes dessa particularidade brotam da realidade objetiva, das origens históricas e econômicas da cidade e da sua localização política no país. Esse tema daria um outro, extenso, artigo. Enumeramos alguns aspectos que devem ser levados em conta. O modelo econômico baseado no escravismo, na capital do país, foi um dos marcos que imprimiu à burguesia carioca o seu ódio particular ao mundo do trabalho, a tendência ao lumpesinato, à dependência quase absoluta de sugar as finanças estatais para se manter viva.

O relato de Thomas Ewbank, um burguês estadunidense, da sua visita ao Rio de Janeiro de meados do século XIX é reveladora deste espírito: “A inevitável tendência da escravidão é tornar por toda a parte o trabalho uma atividade desonrosa. (…) os brasileiros se retraem como horrorizados ante qualquer emprego manual. (…). Pergunta-se a um jovem brasileiro de família respeitável, porém em más condições econômicas, porque não aprende um ofício e passa a ganhar a sua vida com independência, e, nove vezes em dez, ele tremerá de indignação, e perguntará se se quer insultá-lo! Trabalhar? – redarguiu um deles. – Temos os negros para isso! (…) é lícito perguntar-se: como vivem eles? Do poder público sempre que podem.[12] Quase dois séculos se passaram e o relato não poderia ter um caráter mais atual. Essas características da burguesia carioca acabaram por se refletir no próprio aparelho de Estado.

O racismo e a escravidão também permaneceram como marcas do Estado e das forças de segurança no trato com a classe trabalhadora e os setores pobres. Truculência, violência e execuções sumárias mantiveram-se como métodos depois da lei áurea.

O Estado Novo (1937-1946) de Getúlio Vargas representou um salto na generalização da violência e da tortura, não somente aos presos políticos como aos presos comuns. Também foi nesta época que a corrupção na polícia carioca começou a se profissionalizar. E esta não é uma coincidência fortuita. Os incentivos diretos e indiretos dos empresários e de atividades ilegais, como prostituição e jogo do bicho, à repressão institucionalizaram uma teia de corrupção que, no geral, beneficiava os torturadores, os matadores e os mais truculentos.

Após o Golpe de 1964 toda essa teia dá um salto em dimensão e se caminha para o aprofundamento da barbárie. Todos os grandes bicheiros do Rio estiveram envolvidos com o regime militar, em apoio direto ou indireto. Usaram a ditadura para consolidar influência política e posteriormente os agentes da ditadura para assessorar os seus negócios.

A década de 1960-70 foi também marcada pela “profissionalização” do jogo do bicho, com a delimitação rígida de territórios e a constituição de organizações fortemente hierarquizadas. Essa mudança foi possível graças à contratação de agentes da repressão da ditadura, garantindo, por meio da violência, o que não se podia garantir pela lei. O caso mais paradigmático desta associação é o do Capitão Guimarães, acusado de dar aulas de tortura para uma plateia de cerca de 100 pessoas, e que ainda hoje está livre leve e solto como chefe do jogo do bicho na região de Niterói.[13]

A relação da contravenção com policiais matadores permaneceu após a redemocratização, para realizar serviços de segurança e execuções de rivais. Portanto, Ronnie Lessa e Adriano da Nóbrega não são exceção nesta relação, mas sim a regra.

A associação entre o jogo do bicho, grupos de extermínio e as milícias foi quase uma evolução natural se tivermos em conta os atores envolvidos e os seus modos de atuação. Atualmente, as principais redes de máquinas caça-níqueis e cassinos ilegais estão associadas ou são controladas por milicianos.

A milícia é a consagração da corrupção do Estado e, em especial, das forças de segurança, mas não é, obviamente, a sua única vertente. O “arrego”, tráfico de armas e de drogas, extorsão, aluguel de delegacias, aluguel de caveirões do BOPE, contrabando de armas e drogas apreendidas em operações… a lista de atividades ilegais as quais que se dedicam as forças de segurança fluminenses parece não ter fim e sempre vão surpreendendo pela originalidade e sadismo. Isto obviamente só é possível porque as redes de corrupção não se restringem às baixas patentes, mas envolvem tanto as altas patentes da polícia e do exército como altos postos do legislativo e executivo. Parafraseando o ex-ministro da defesa Torquato Jardim: “comandantes de batalhões da PM são sócios do crime organizado no Rio”.[11]

Milícias e Extrema-Direita

O conjunto de ideologias a que se chama hoje bolsonarismo, o ódio aos partidos e organizações de esquerda, o anticomunismo militante, racismo, machismo e LGBTfobia, não são obviamente novos no país. Bolsonaro teve o mérito de congregar essa escória política num movimento coerente e militante.

Por outro lado, a clara associação da família Bolsonaro a grupos milicianos, e a adesão destes à defesa do bolsonarismo conferiram ao fenômeno ares de novidade. No entanto, essas ideologias que o bolsonarismo congrega num só movimento têm raízes antigas nas forças de segurança, desde o Estado Novo à Ditadura Militar, como dissemos anteriormente. A associação do jogo do bicho com a ditadura, e a incorporação de torturadores às suas quadrilhas, consolidou uma ala do crime organizado composta por agentes de segurança do Estado imbuídos de uma ideologia profundamente reacionária.

A democratização negociada, ao não criminalizar as barbaridades da ditadura, ao deixar criminosos impunes, permitiu que essa ala seguisse se disseminando tal qual um câncer, se infiltrando em todos os poderes e nos mais altos cargos e patentes. Exemplo prático disso é o caso que comentamos do major Ronald Paulo Alves Pereira, número dois de Adriano da Nóbrega no comando das milícias de Rio das Pedras e Muzema.

Não sabemos quais as motivações do assassinato de Marielle. Como defensora dos direitos das comunidades oprimidas pela violência do Estado e das milícias, ainda que por dentro dos mecanismos da democracia burguesa, a sua atuação incomodava, e poderia estar atrapalhando algum negócio, esse pode ter sido o motivo. As milícias, no geral, são machistas, racistas e LGBTfóbicas e essas ideologias podem ter cumprido um papel neste bárbaro assassinato. Também é possível que seja uma vingança tardia à CPI das milícias, já que Marielle era a principal assessora de Freixo nessa época e não dispunha da segurança do deputado, logo era um alvo mais fácil. Podem ser outros motivos ainda.

Como dissemos no artigo anterior “achamos que a luta contra Bolsonaro e Mourão, conectada com a exigência de apuração e resolução do caso, é que pode acabar colocando os assassinos na cadeia. E é por meio da luta que poderemos solucionar os problemas das vidas das “Marielles” que existem em todo o país.

[1]   https://epoca.globo.com/uma-breve-historia-de-ronnie-lessa-acusado-de-matar-marielle-23572452

[2]     idem

[3]   https://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2019/09/16/caso-marielle-franco-morte-ronnie-lessa-chefe-de-milicia-rio-de-janeiro.htm

[4]  https://epoca.globo.com/rio/a-vida-a-morte-de-adriano-da-nobrega-24247527

[5]    https://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2020/06/19/mp-detalha-contatos-entre-fabricio-queiroz-e-o-miliciano-adriano-da-nobrega.ghtml

[6]   https://epoca.globo.com/rio/a-vida-a-morte-de-adriano-da-nobrega-24247527

[7]    https://oglobo.globo.com/rio/caso-marielle-milicianos-presos-na-intocaveis-se-filiaram-ao-psol-no-dia-em-que-lessa-comecou-pesquisar-marcelo-freixo-24786241

[8]    a republica das milicias, bruno paes manso, pp200

[9]     https://www.bbc.com/portuguese/brasil-51447905

[10]   https://www.bbc.com/portuguese/brasil-46980618

[11]        https://www.estadao.com.br/infograficos/politica,ligacao-com-queiroz-e-flavio,1111837 e https://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2020/06/19/mp-detalha-contatos-entre-fabricio-queiroz-e-o-miliciano-adriano-da-nobrega.ghtml

[12]        Pereira Passos um Haussman tropical, Jaime Larry Benchimol pp33-34

[13]       Os porões da contravenção: Jogo do bicho e Ditadura Militar: a história da aliança que profissionalizou o crime organizado Livro por Aloy Jupiara