Um dos principais debates no congresso foi sobre a natureza da Conlutas. Ela deve continuar sendo uma coordenação que reúne os movimentos sindicais, populares e estudantis ou deve ficar só no setor sindical? A grande maioria dos delegados escolheu a primeira opção, fazendo uma avaliação positiva da atuação da entidade até agora.

“É preciso dizer que nossa experiência até hoje demonstra que é correto e que é preciso organizar os movimentos popular, sindical e estudantil, pois juntos somos mais fortes”, avaliou Luiz Carlos Prates, o Mancha, diretor do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos (SP).

Ao mesmo tempo em que os milhares de delegados aprovaram a natureza sindical e popular da Conlutas, foi aprovada também a hierarquia da classe operária na direção da entidade. Coerente com isso, o congresso aprovou também resolução que regulamenta a participação das entidades estudantis na Conlutas.

Classe operária à frente
A resolução indica que o movimento estudantil, embora imprescindível, não deve estar acima da classe operária. “Reconhecemos a importância do movimento estudantil, mas reconhecemos também a centralidade da classe trabalhadora. Os trabalhadores, por sua vez, devem reconhecer também a força e o vigor da juventude, fundamentais para fazer a revolução”, defendeu Camila Lisboa, estudante da Unicamp e militante do PSTU.

O congresso aprovou a limitação de 10% de entidades estudantis nas instâncias deliberativas da Conlutas. “1, 2, 3, 4, 5 mil, viva a unidade operária-estudantil”, cantaram os delegados.

Por fim, os delegados discutiram alterações no atual sistema de direção da Conlutas. Foi aprovada a constituição de uma secretaria nacional em substituição ao atual grupo de trabalho de secretaria. A composição dessa secretaria será definida na próxima reunião nacional da coordenação.
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