A lógica predatória e de concorrência entre os burgueses impossibilita que o capitalismo possa utilizar tecnologias racionais e não poluentes, pois são infinitamente menos rentáveis para os empresários. Portanto, a bandeira ecológica insere-se na luta pela superação completa do regime de exploração. Ou o capitalismo é superado ou a humanidade seguirá para a barbárie e o ecocídio.

Mas é preciso começar a construir essa luta desde já. A luta ambiental deve ser relacionada às lutas sociais, pois elas podem ser unidas ao redor de objetivos comuns. Citamos alguns exemplos: a luta de comunidades indígenas ou camponesas que enfrentam as multinacionais e o agronegócio tem que desenvolver um combate antiimperialista, mas também social e ecológico. A luta contra a transposição do São Francisco deve ser relacionada à necessidade da reforma agrária, aliada à preservação ambiental das águas do rio e da mata ciliar.

O crescimento urbano virou sinônimo de favelização, habitação precária, sem serviços sanitários. Hoje, no mundo, segundo os dados da ONU, um bilhão de habitantes são favelados. Não há como preservar o meio ambiente nas grandes cidades sem dar moradia digna à população.
Juntar essas lutas será um novo desafio para os sindicatos, entidades do movimento popular e estudantil.

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