O partido reclama desta postura das “elites” mas, no governo, segue atendendo todas e cada uma das exigências dos bancos e grandes empresas

Neste domingo, 15 de junho, o ex presidente Lula criticou o fato das “elites” do país disseminarem o ódio contra o PT. Referia-se, entre outros, aos acontecimentos na abertura da Copa do Mundo quando Dilma foi xingada com palavões pela torcida presente.
 
Concordo com ele que os xingamentos da torcida contra a presidenta não tem cabimento. Vaia é uma coisa, é democrático, xingamento é outra coisa. E concordo com ele que as “elites” disseminam sim o ódio contra o PT, aliás disseminam o ódio contra tudo que não sejam eles próprios.
 
Mas Lula vai me permitir lembrar-lhe uma coisa: no final do seu segundo mandato na Presidência da República, você anunciou, orgulhoso, que nenhum empresário ou banqueiro poderia reclamar de seu governo porque “nunca antes na história deste país” teriam ganho tanto dinheiro.
 
É inevitável, a partir daí, perguntar: qual Lula devemos levar em conta? Aquele que agora, na campanha eleitoral, critica as “elites”. Ou aquele que, no governo, faz tudo o que essas mesmas “elites” querem, com direito a recordes de rentabilidade do seu capital?
 
Lula parece não ter entendido bem o seu papel neste acordo que fez com os banqueiros e grandes empresários para que o PT pudesse governar o Brasil. Lula e seus companheiros da direção do PT não foram aceitos como parte da “elite do país”. Foram aceitos como capachos. Este é o lugar que as “elites” veem para os dirigentes do PT. Por isso o ódio vai continuar a ser disseminado contra o PT.
 
Errado nesta situação está o PT. O partido reclama desta postura das “elites” mas, no governo, segue atendendo todas e cada uma das exigências dos bancos e grandes empresas ou seja, das “elites”, condenando o povo a amargar condições cada vez mais precárias de vida.
 
Acabar com a arrogância das “elites” pressupõe acabar com o controle que ela tem sobre o país e de toda a riqueza que os trabalhadores produzem com o seu trabalho. O PT, infelizmente, virou as costas para essa tarefa porque sua direção preferiu o papel de capacho.
 
O PSTU está, nas lutas da classe trabalhadora e da juventude, construindo condições para acabar com os privilégios que esta “elite” sempre teve no Brasil. E vai apresentar no processo eleitoral uma alternativa de classe e socialista para romper com os banqueiros e grandes empresários e mudar o nosso país. Só assim o povo terá enfim uma vida digna e nossa juventude um futuro.  Lula, é assim que se combate as “elites” reacionárias.
 
 
 

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