Há tempos o PSTU alerta para o fato de que não é possível depositar qualquer tipo de confiança ou expectativa em Ollanta Humala, o militar reformado que lidera as pesquisas de intenção de voto para a presidência do Peru, utilizando-se para tal de um pretenso discurso nacionalista e “popular”.

Contudo, se não bastasse a farsa que ele esta encenando no campo eleitoral, recentemente Humala agregou uma outra faceta que lhe garante a vaga dentre os inimigos dos trabalhadores, da juventude e de todos os que realmente lutam por uma sociedade igualitária e livre: a homofobia.

Uma faceta que, de forma um tanto inusitada, veio à tona através de declarações da mãe do candidato. Em declarações à imprensa peruana, Elena Tasso defendeu aberta e tranquilamente o fuzilamento de todos os homossexuais, afirmando, ainda: “aposto que, com dois homossexuais fuzilados, já não se veria tanta imoralidade nas ruas”.

Segundo a homofóbica senhora, seu filho candidato certamente concorda com ela, pois já demonstrou sua total repulsa aos homossexuais ao se recusar, sistematicamente, a dar entrevistas para Jaime Bayly, um escritor e jornalista assumidamente gay, a quem a família Humala considera “prejudicial” aos jovens.

Perigosa, até mesmo porque tem precedentes reais na história, essa “vontade” de exterminar homossexuais ou, no mínimo, excluí-los da vida pública é mais um motivo para desfazer a imagem de “progressista” ou “de esquerda” que Humala quis construir em torno de si e muita gente, em toda América Latina, acabou comprando.