A reforma universitária foi tema da mesa que reuniu o Andes (Associação Nacional dos Docentes do Ensino Superior) e o grupo “Vamos à Luta”, de oposição à atual diretoria da Fasubra (Federação de Sindicatos de Trabalhadores das Universidades Brasileiras).

A análise dos trabalhadores das universidades traçou um roteiro da implantação da reforma universitária, principalmente a partir de 2003, com o plano de reestruturação das Instituições Federais de Ensino.

A reforma seria imposta para submeter cada vez mais o ensino superior aos interesses dos grandes empresários. Prova disso é a recente Lei de Inovação Tecnológica, que estabelece isenção fiscal para empresas que investirem em pesquisa nas universidades públicas. Já o Prouni, segundo a apresentação do “Vamos à Luta”, é uma “usina de benefícios para os empresários e um instrumento para o marketing eleitoral, e operacionaliza a política de apartheid educacional e de mercantilização da educação superior“.

O Andes apresentou as semelhanças entre a reforma universitária e as demais reformas neoliberais. Como toda reforma, ela alia a precarização do setor público ao avanço da privatização, principalmente com o Prouni, adotado para conter a crise das universidades particulares através da transferência de recursos públicos.

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