Construa conosco o seminário programático do Zé Maria e um projeto operário e socialista pro Brasil!

Nesse dia 12 de junho ocorreu a estréia da Copa do Mundo. Entre pênaltis mal marcados, gol contra e também belos gols, o que fica é que essa não foi e nem será “a Copa das Copas”, como anunciou o governo. As injustiças que o Brasil acumula ficaram mais evidentes com o mega evento e a juventude e os trabalhadores perceberam que o “legado” que vai ficar será apenas mais lucro pras empreiteiras e pra Fifa. Não à toa, a uma semana do campeonato, mais da metade da população era contra sua realização no país.

A Copa, em seus planos iniciais, ia ser o maior e mais poderoso cabo eleitoral da campanha da Dilma. Mas o tiro saiu pela culatra e a presidenta foi obrigada a ir para a televisão a dois dias do evento, para tentar convencer a população de seus benefícios. Não está fácil para ela… As pesquisas, ainda que mostrem vantagem da petista, revelam incertezas sobre o resultado, com um alto índice de indecisos e nulos/brancos. Mas sabemos que grande parte dos trabalhadores e também da juventude, com quem queremos dialogar em especial nesse artigo, ainda confia no PT, nem que seja porque acha que se trata do “mal menor”.

A mídia, as personalidades e também os movimentos sociais já começam a revelar o seu lado na corrida presidencial. A União da Juventude Socialista (ligada ao PCdoB) publicou um artigo intitulado: “A UJS tem lado e quer Dilma Rousseff para presidência em 2014”. A Juventude do PT foi além e ousou já dar a vitória a seu partido: apresentou “13 propostas para contribuir com as diretrizes do programa de juventude do governo Dilma 2015-2018”. O editorial do Brasil de Fato, base de referência para o Levante Popular de Juventude (ligado à Consulta Popular) já se adiantou e criticou o “esquerdismo” e qualquer crítica ao governo, pois elas estariam sempre a serviço do “neoliberalismo”, como se a essência da política econômica do PT tivesse sido muito diferente do neoliberalismo…

A Juventude do PSTU não concorda com isso. E queremos apresentar aqui o nosso pré-candidato a presidência e a vice: Zé Maria e Claudia Durans. Ficamos muito orgulhosos por poder apresentar uma alternativa a esquerda do governo Dilma, uma alternativa da classe trabalhadora e socialista para esse país.

Desde junho do ano passado, a juventude mostrou de forma mais contundente que não está satisfeita. A Juventude do PSTU estava lá. Denunciando os gastos com a Copa, mas também com os bilhões despejados na dívida pública, que consome quase a metade do nosso orçamento todo ano. Exigindo melhores serviços públicos, e mais dinheiro pra saúde e educação. E mostrando o descontentamento com a política do governo em privilegiar os banqueiros, empresários e latifundiários.

Na verdade, Junho de 2013 demonstrou que a política do PT, do que eles chamam de “neodesenvolvimentismo” e a ideologia de “Brasil pra todos”, não resolveu em nada em problemas estruturais do país. A maior oferta de empregos (precarizados, diga-se de passagem), as bolsas nas faculdades privadas, os créditos para possibilitar maior consumo e os programas de “transferência de renda” como o Bolsa Família, não mudam o essencial: o PT governou para os ricos e poderosos. O que não é uma grande novidade, já que os governos do PSDB também sempre fizeram isso…

A juventude precisa de uma pré-candidatura que rompa com tudo o que está aí
Os jovens desse país estão desconfiados dos governantes. Não é por menos. Quando nós olhamos para o futuro, vemos uma vida dura, mais dura que a dos nossos pais. E não vamos aceitar isso tranquilamente. Por isso, lutamos em junho e seguimos lutando. Mas vamos além. Nossa desconfiança não é só com os governantes de carne e osso, mas também com todo o sistema político. Não é de se estranhar que mais que 70% das pessoas desconfiem da polícia e mais que 80% desconfiem do Congresso Nacional, dois grandes sustentáculos do nosso regime político.

Nós também não acreditamos nessa política, a dos aparatos e da burocracia, que só servem pra manter as coisas do jeito que estão. Não acreditamos nesse regime que chamam de democracia, mas que só é democrática para os ricos e brancos. Eles tentam governar nos convencendo que somos nós que escolhemos o futuro através do voto. E usam a força das ideias, da mídia, das escolas e universidades para nos domesticar. Mas quando esses mecanismos ideológicos falham, os governos e os donos do poder não titubeiam e usam outro tipo de força: a das bombas. Por isso, nosso militante Murilo foi agredido sob métodos de tortura. Por isso, 42 metroviários grevistas foram demitidos. Por isso, o companheiro Matheus e centenas de outros estão indiciados criminalmente por lutar. Por isso, a manifestação no dia da estreia da Copa foi brutalmente reprimida. Porque para eles, vale tudo pra manter a sociedade do jeito que está. Vale tudo pra garantir a propriedade privada e os privilégios das empreiteiras e das empresas imperialistas como a Fifa.

Para mudar essa lógica é necessário lutar, se mobilizar e se organizar junto com os trabalhadores. A redução dos 20 centavos em Junho e a vitoriosa greve dos garis do Rio de Janeiro foram uma pequena demonstração disso. Mas ao mesmo tempo, também foram demonstrações de que precisamos ir além, para ter vitórias duradouras e significativas.

O capitalismo é um sistema muito injusto. No mundo, 0,6% das pessoas concentram 12 vezes mais riqueza do que quase 70% dos habitantes do planeta. Aqui no Brasil, 124 pessoas (sim, pessoas!) possuem 544 bilhões de reais, o equivalente a 12,3% do PIB, ou seja, de toda a riqueza que o país produz. Tudo isso garantido com a exploração da grande maioria por um punhado de privilegiados. Não é possível que isso dê certo…

Por isso, a Juventude do PSTU não tem dúvida: pra mudar realmente o país e o mundo, precisamos de uma mudança muito radical, que acabe com esse sistema capitalista injusto e assassino e construa uma nova sociedade sem exploração e opressão, o socialismo. Precisamos de uma Revolução. Por que não?

Construa conosco uma alternativa operária e revolucionária!
Sabemos que as mudanças de que necessitamos no país não virão do voto. Os nossos sonhos não cabem nas urnas, não temos dúvidas disso. Mas, nessas eleições, é muito importante ter um lado e construir um projeto que possa se apresentar como uma alternativa às opções colocadas, fazendo a disputa da consciência ao redor das nossas ideias e projetos. Por isso, apresentamos o Zé Maria como pré candidato a presidente e Claudia Durans como vice.

Zé Maria é um operário que não mudou de lado e tem uma história limpa. Já esteve preso junto com o Lula, no período das grandes greves das décadas de 70/80. E nunca deixou de lutar ao lado da classe trabalhadora, em troca de cargos ou poder. Segue firme nas lutas e greves, na linha de frente contra as injustiças e a repressão.

Para nós, da Juventude do PSTU, não é um detalhe o fato dele ser um operário. Não apenas porque sabemos da necessidade de unificarmos as lutas da juventude com a classe trabalhadora para obtermos vitórias. Mas principalmente porque sabemos que as mudanças profundas de que necessitamos só serão feitas de mãos dadas com aqueles que constroem a riqueza do mundo, os trabalhadores.

Chamamos toda a juventude a participar do Seminário de Programa das nossas pré-candidaturas. Será um momento importante de elaboração de um outro projeto de país, de ruptura com a lógica de governar para os ricos e poderosos. Vamos pedir o seu voto. Mas como disse o Zé: somos muito mais ousados do que os outros que apenas pedem o voto. Queremos mudar o mundo e te chamamos a fazer isso junto conosco! Venha ajudar a construir um projeto operário e socialista para o país!