Entre os trabalhadores de diversas categorias participando do 2º Congresso da CSP-Conlutas estão servidores públicos, técnicos-administrativos em educação (TAE’s), das universidades federais. Atualmente, esses funcionários realizam uma greve nacional, envolvendo, 56 universidades e alguns institutos federais e CEFET’s, de acordo com dados do último dia 3 da Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnico-Administrativos em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil (Fasubra).

A greve exige, entre suas pautas, o estabelecimento de uma data base anual para o reajuste dos salários dos funcionários, questões relacionadas a Plano de Carreira, a realização do reajuste previsto para 2015 e o fim da administração privada dos hospitais escola federais, através da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH). Além disso, algumas das pautas levantadas pela categoria, são resultados de acordos não cumpridos entre o governo federal e os técnicos-administrativos.

Essa luta acontece em um momento em que o ensino superior público passa por um processo de sucateamento, através de terceirizações e cortes de verbas. Esse quadro é agravado pelos cortes bilionários na Educação e em outros serviços públicos, que fazem parte do plano de ajustes do governo do PT, para resguardar o lucro dos grandes empresários.

A insatisfação dos técnicos-administrativos, de proporções nacionais, é com um governo repressor, que não respeita os direitos dos trabalhadores. Ao contrário do que diz a CUT, que busca resguardar o PT e a presidenta Dilma Roussef apresentando o ministro da fazenda, Joaquim Levy, como responsável pelos ataques, quem escolhe, nomeia e defende seus ministros é a presidenta. Nenhuma de suas decisões é colocada em prática sema aprovação de Dilma. Os ministros são funcionários de confiança que representam o projeto do governo, chefiado pela presidenta.

Nesse momento, para conseguir enfrentar as dificuldades, é importantíssima a solidariedade de classe entre os trabalhadores e a unificação de seus esforços contra os mesmos ataques do PT. O governo representa os interesses dos ricos e poderosos, minando os salários e o acesso dos trabalhadores a bens e serviços públicos, em um momento de crise econômica e alta inflação.

“Acreditamos que, nesse momento, a tarefa imediata é generalizar essa greve nas universidades federais, ganhando a adesão de estudantes e professores. O Congresso da CSP-Conlutas é construído, também, pela sindicato majoritário dos professores das universidades federais, o ANDES-SN. Por isso, deve ser um espaço privilegiado para ampliar as discussão e fortalecer, na ação, a possibilidade de concretização dos planos de unidade. Chega de Dilma Roussef e de seu governo de ataques aos trabalhadores! Todo apoio à greve dos técnicos administrativos em educação federais! Por uma greve geral da educação!”, afirmou Gibran Jordão, coordenador geral da FASUBRA.