Os empresários nunca faturaram tanto como no governo Lula. Os balanços do segundo trimestre deste ano mostram que as 113 principais empresas de capital aberto do país registraram um lucro líquido de R$ 18,6 bilhões. Um novo recorde, superior aos resultados tanto de 2009 como de 2008. Um ganho médio superior a quase 130% (Valor Econômico, 16 de agosto).

Só no primeiro mandato do governo, os empresários aumentaram seus lucros em 400%. Já com os salários dos trabalhadores, a história foi bem diferente.

Os grandes grupos empresariais receberam ainda enormes quantias de dinheiro público. O BNDES destinou 72% dos seus recursos para financiar os empresários. Do total de R$ 115,84 bilhões desembolsados pelo banco até o início de julho, as grandes empresas receberam R$ 83,45 bilhões.

Essa operação de empréstimos subsidiados aos grandes empresários provoca o aumento do endividamento do país, ou seja, a dívida pública cresce.
Entre os grupos privados mais favorecidos pela instituição estão as três maiores construtoras do país, Andrade Gutierrez, Camargo Corrêa e Odebrecht, que controlam investimentos em diversos outros setores da economia, a mineradora Vale, o grupo Votorantim e o frigorífico JBS.

Vale lembrar que as empreiteiras (ao lado dos bancos) foram as maiores financiadoras da campanha presidencial de Lula, em 2006. Segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), foram doados oficialmente R$ 24,4 milhões à candidatura petista.
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