Existe uma estreita relação entre a dinâmica da crise e a luta de classes. O imperialismo, para sair da crise, vai descarregá-la sobre os ombros do proletariado e dos países semicoloniais

Até agora, existe um descompasso no grau dos ataques (muito violentos) e na resposta dos trabalhadores (ainda frágil). Pesou a confiança dos trabalhadores em governos como o de Obama e o de Lula (e nas burocracias sindicais que os apoiam), que conseguiram impor suas políticas sem grandes lutas. Influiu também o medo do desemprego.

A recuperação parcial, porém, se dá sobre a base de uma piora da situação social dos trabalhadores, que estão pagando a conta. Os índices de desemprego são fortíssimos, com a previsão de mais 25 milhões de desempregados até final de 2010. Além disso, os que estão trabalhando enfrentam salários reduzidos, contratos temporários e ritmos de trabalho infernais. Essa combinação – recuperação parcial e piora social – pode inicidir nas lutas de todo o mundo.

Um ascenso importante pode também influir sobre o próprio desenvolvimento da crise, afetando a retomada da taxa de lucros das empresas e a própria recuperação.

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