No entanto, existe uma diferença fundamental entre ambos os processos: enquanto o levante do Gueto de Varsóvia foi totalmente esmagado e derrotado, a luta dos palestinos, mesmo sem conseguir ainda seu objetivo histórico de recuperar plenamente sua terra, vem obtendo vitórias parciais, como a ruptura do bloqueio na fronteira com o Egito, que provocam a crise dos diferentes planos que o imperia­lismo e Israel aplicam na região.

Neste sentido, por exemplo, com a ruptura da fronteira, parecem ter entrado em crise, e muito rapidamente, os recentes acordos realizados na cidade de Annapolis (EUA), entre Israel e Mahmud Abbas, com a aprovação do governo de George W. Bush e o apoio cúmplice da quase totalidade dos governos árabes, que, em uma nova manobra contra o povo palestino, tentaram retomar o caminho dos acordos de Oslo.

Israel não está só
O estado sionista não está só para levar adiante sua política criminosa e genocida. Além do respaldo incondicional do governo dos EUA, que define Israel como seu “aliado estratégico”, e a cumplicidade de Abbas e do Al Fatah, tem também o apoio de fato dos países imperia­listas europeus e da ONU.

A União Européia, principal parceira comercial de Israel, e a ONU, sempre disposta a respaldar e encobrir as ações e as invasões militares imperialistas, como no Afeganistão, Iraque ou Haiti, mantiveram até agora um silêncio absoluto frente ao bloqueio de Gaza. Um silêncio que só pode ser qualificado como cumplicidade com a criminosa política israelense.
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