Coluna do PSTU em ato de São Paulo.
Valério Paiva

Em todo o país, os atos do 8 de março — Dia Internacional das Mulheres — foram pequenos e marcados pela despolitização, sendo que em algumas capitais — como Belo Horizonte (MG) — não houve sequer uma manifestação. Isto porque, em sua maioria, as entidades feministas são dirigidas por apoiadoras do governo Lula — particularmente militantes do PT e do PCdoB.

Em São Paulo (SP), onde um ato reuniu cerca de mil pessoas, a deputada estadual Ana Martins (PCdoB), insistiu em puxar uma salva de palmas para o presidente Lula. Isto porque Ana Luiza Figueiredo, do PSTU e do Sindicato do Judiciário de São Paulo, relacionou o agravamento da situação das mulheres às reformas neoliberais do governo. Durante a passeata, centenas de companheiras foram impedidas pela polícia de se solidarizar aos Trabalhadores Sem Teto. Como também tentaram impedir que discurssassem antes do show promovido pela CUT, no final da passeata. No interior do estado, ocorreram atos em Bauru, Campinas e em São José dos Campos, onde o PSTU e participantes de uma ocupação urbana convocaram uma passeata.

Em Porto Alegre (RS), no ato convocado por diversas entidades, as representantes de partidos foram proibidas de falar no carro de som. Também aconteceram atos em Belém (PA), Fortaleza (CE), Teresina (PI), Rio de Janeiro (RJ) e no Rio Grande do Norte.

Na maioria dos estados, o centro das atividades promovidas pela CUT foi a defesa da participação das mulheres no “poder”. Ficou explícito o objetivo de promover as candidaturas como a de Marta Suplicy, em São Paulo, e de Fátima Bezerra, em Natal (RN).

Post author Ana Minutti,
da Secretaria Nacional de Mulheres do PSTU
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