No último dia 16, foi realizada a 3ª edição da Marcha Nacional Contra Homofobia, que reuniu cerca de 1500 pessoas, de vários estados, entre representantes do movimento LGBT, associações, entidades sindicais, estudantis e partidos políticos
Embora a marcha tenha sido convocada por setores governistas, seu tema foi “Homofobia tem cura: educação e criminalização”, algo que reflete as contradições que o governo federal abriu com o movimento gay. A questão da educação foi reivindicada porque a presidenta Dilma vetou, por pressão da bancada homofóbica, a distribuição do o kit anti-homofobia. A militância LGBT puxou palavras de ordem como: “ôôô Dilma pisou na bola a homofobia continua na escola”.

O Setorial LGBT da CSP–Conlutas levou uma coluna que se diferenciou dos setores governistas e fez uma intervenção destacando a importância da luta organizada e unificada. Nessa coluna, estevavam os militantes da ANEL, que fizeram uma fala através do estudante de Serviço Social da Universidade de Brasília (UNB). Lucas Brito, que destacou: “a homofobia segue nas escolas e nas universidades e a saída para tanta discriminação é a organização de todos os oprimidos”. Já o diretor do Sindsef-SP, Carlos Daniel, pediu o fim das mortes: “Nós queremos parar de enterrar gays e travestis no Brasil. Infelizmente, no governo Dilma o assassinato de LGBT’s só aumentou”.

A principal exigência da Marcha foi a criminalização da homofobia. A professora Amanda Gurgel, do PSTU, destacou a frustração das expectativas com a eleição da primeira presidente e abordou a necessidade dos participantes da Marcha exigirem a aprovação imediata do PLC 122 original. “Infelizmente o país não mudou com a eleição de uma mulher, continuamos vendo o assassinato de homossexuais. A criminalização da homofobia é uma necessidade. O movimento não pode depositar esperanças de que a presidenta cumpra essa tarefa”, disse.

O PSTU tem a compreensão de que não é possível lutar contra a exploração capitalista sem que combinemos a essa luta o combate direto e cotidiano contra todas as formas de opressão. A homofobia fortalece uma moral que não compartilhamos. Por isso, somos radicalmente contrários aos posicionamentos do Governo Dilma perante a comunidade LGBT que agoniza, morre e necessita de políticas públicas. Nesse sentido, conclamamos todos os gays, lésbicas, travestis e transexuais da classe trabalhadora a exigir de Dilma a equiparação de todos os direitos entre casais heterossexuais e homossexuais. Pela imediata aprovação do PLC–122 original e a imediata liberação do kit anti–homofobia nas escolas.
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