Só em 2012, o “Disque 100”, serviço de denúncia telefônica da Secretaria Nacional de Direitos Humanos, registrou 6.809 casos de violação dos direitos humanos de lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais e transgêneros (LGBT).
No ano passado, o número de mulheres assassinadas por serem homossexuais foi quase cinco vezes maior que a média de assassinatos dos últimos 20 anos, segundo um estudo do Grupo Gay da Bahia. 
Nosso país é campeão mundial em assassinatos por homofobia. É o sétimo colocado em assassinato de mulheres e concentra 44% das mortes por homofobia praticadas em todo o mundo. Como se não bastasse, em quatro anos os casos de estupro cresceram 157% no Brasil.
Esses dados, porém, são subestimados. O poder público não produz estudos aprofundados, evitando trazer à luz o nível de violência sofrido pelas mulheres e LGBTs. 
 
O “estupro corretivo” e a invisibilidade lésbica
Os “estupros corretivos” vêm aumentando. Essa atrocidade baseia-se na ideia de que a homossexualidade feminina pode ser “curada” pelo estupro e é uma ameaça constante na vida de milhares de lésbicas. Esse crime é uma das piores consequências da combinação do machismo com a homofobia.
O descaso frente a essa dupla opressão é o que chamamos de “invisibilidade lésbica”, que reflete a repressão histórica imposta à mulher, subjugada em sua sexualidade e reduzida ao papel de reprodutora.
As mulheres trabalhadoras são ainda mais suscetíveis à violência, sofrendo a opressão intensificada pela exploração cotidiana e pela falta de políticas públicas.
 
Governo e Poder Público diante desta situação
Em meados de junho, o deputado federal Feliciano aprovou a “Cura Gay” na Comissão de Direitos Humanos da Câmara de Deputados. Milhares foram às ruas pelo “Fora Feliciano”. Pela pressão das manifestações o projeto foi retirado.
Apesar de dizer em seus pronunciamentos “o governo está ouvindo a voz das ruas”, é sempre bom lembrar que foi o PT o partido responsável por  Feliciano ocupar a presidência da Comissão de Direitos Humanos da Câmara.
Para nós, o exemplo vem  dessas mobilizações  que derrubaram o aumento das tarifas e o projeto de “cura gay”. Por isso, o PSTU estará nas atividades do Dia da Visibilidade Lésbica, exigindo que Dilma criminalize a homofobia e  vete ao “Bolsa Estupro”. 
 

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