Ato na Paulista no dia 1º de abril
Fotos Romerito Pontes

Vamos tomar a Avenida Paulista para colocar para fora Dilma, Temer, Cunha e construir uma alternativa dos trabalhadores, da juventude e do povo pobre

No dia 1° de maio, um grande ato nacional vai tomar a Av. Paulista em São Paulo (SP). Convocados pela CSP-Conlutas e pelo Espaço de Unidade de Ação, a manifestação não tem rabo preso com PT, PMDB, PSDB e companhia. Será uma manifestação em defesa de uma greve geral que coloque para fora todos eles. Será um ato em defesa dos direitos dos trabalhadores, ameaçados por Dilma, Temer, Cunha, Renan e Aécio. Será um protesto alternativo aos atos tradicionalmente organizados pela CUT e pela Força Sindical no Dia do Trabalhador, que vão defender os dois blocos políticos ligados aos patrões. Por isso, nosso ato deve estar a serviço da construção de uma alternativa de esquerda, por uma greve geral que varra toda essa corja do poder.

Preparação
A militância do PSTU vai jogar todas as suas forças para ajudar a construir e organizar as caravanas que vão participar do ato. Além do estado de São Paulo, capital e interior, também serão organizadas delegações de Minas Gerais, Rio de Janeiro e Paraná. Vários estados estão organizando representações para o ato, como os companheiros do Ceará, que já tem mais de 70 dirigentes sindicais, populares e da juventude mobilizados para irem ao ato.

A organização de uma ampla frente para lutar é muito importante. Isso porque as frentes organizadas pelas centrais sindicais CUT e CTB, além de movimentos como o MST, MTST, UNE, com apoio de partidos como PT, PCdoB e a direção do PSOL, chamadas Frente Brasil Popular e Frente Povo Sem Medo, jogam suas forças na defesa da continuidade do governo Dilma apesar de tudo que fez com o povo.

Se você quer participar do ato independente do governo e da oposição da velha direita, procure a CSP-Conlutas, seu sindicato ou entidade representativa. Realize assembleias em seu local de trabalho, estudo ou moradia. Debata a situação política do país, as propostas de saída para a crise e os ataques que Dilma, Temer, Cunha e Aécio preparam contra os direitos dos trabalhadores e da juventude.

A origem do 1° de maio
Em 1º de maio de 1886, a organização sindical Cavalheiros do Trabalho de Chicago, nos Estados Unidos, convocou uma manifestação de 80 mil trabalhadores. Eles reivindicavam a jornada de trabalho de oito horas. As manifestações continuaram pela cidade e se estenderam por todo o país. Temendo o início de uma revolução, os patrões reprimiram violentamente os trabalhadores. A morte de um policial foi usada como desculpa para

prender os principais líderes do movimento e submetê-los a um julgamento farsante, cujo resultado foi a execução de vários líderes operários. Eles ficaram conhecidos na história como Mártires de Chicago. Em 1889, o primeiro congresso da Segunda Internacional Socialista resolveu que o dia 1º de maio seria uma jornada internacional pelas oito horas de trabalho. Desde então, na maioria dos países do mundo, a data é um dia de luta da classe operária e de unidade internacional dos trabalhadores.

Originalmente publicado no Opinião Socialista nº 515