Marcha da Periferia se solidariza com a luta Palestina

A 1ª Marcha da Periferia de Bauru, com cerca de 50 pessoas, reuniu todos os movimentos sociais que hoje objetivam reorganizar o movimento sindical e popular no Brasil sob a perspectiva do classismo. E como um povo oprimido se identifica com outro povo oprimido, a comunidade Islâmica da Região de Bauru se somou à luta do povo negro e pobre e denunciou os massacres que o Estado sionista de Israel vem promovendo.

A Marcha convocada pela CSP-Conlutas em unidade com a ANEL, Sindicato dos Bancários, Oposição Trabalhadores em Luta/Oposição Sinserm e Centro Comunitário Ouro Verde foi na principal Avenida da cidade, a Avenida Rodrigues Alves, e logo se tornou um movimento contra o racismo, contra criminalização da pobreza no Brasil e também em solidariedade ao povo palestino que nesse momento sofre ataques sistemáticos do “cão de guarda” do imperialismo ianque, o Estado artificial de Israel.

Assim, durante toda a passeata, os manifestantes, animados pela bateria da escola de Samba Ouro Verde, entoavam palavras de ordem como “ Quem luta não tá sozinho, sou negro e palestino!” ou “ Fora já, Fora já daqui…Israel da Palestina e Dilma do Haiti”.

Durante o ato, Gisele Costa, dirigente regional do PSTU, lembrou que ser negro e pobre no Brasil é como ser palestino em Gaza ou na Cisjordânia. “Da mesma forma que a polícia militar massacra a juventude negra nas periferias do Brasil, tropas israelenses praticam limpeza étnica na Palestina. Neste sentido, a luta de ambos os povos são convergentes e suas bandeiras são mais que legítimas”, argumentou a militante. Gisele ainda ressaltou que o PSTU não reconhece e jamais reconhecerá o Estado de Israel, bem como defende o fim da polícia militar e a construção da auto-organização dos trabalhadores para a elaboração de um plano de segurança vinculado à mudança política, econômica e social.

No final do ato, os manifestantes foram recebidos por mais de cem pessoas do movimento HIP-HOP que saudaram as bandeiras pelo fim do racismo e da criminalização da pobreza e prestaram solidariedade ao heróico povo palestino.