Redação

As direções das maiores centrais sindicais se reuniram na manhã desta quarta, 31, e aprovaram o chamado a um dia nacional de luta no próximo dia 19, data em que o governo Temer espera colocar a reforma da Previdência em votação na Câmara.

Temer vem fazendo uma forte ofensiva para a aprovação da medida que pretende simplesmente tirar o direito de aposentadoria a milhões de trabalhadores. Se por um lado enfrenta uma série de reveses, como a dificuldade de angariar os 308 votos que precisa para aprovar a medida, por outro continua comprando deputados através da liberação de emendas e reforça uma campanha milionária de desinformação para convencer a população de que a reforma “combate privilégios” e que não tira direitos.

Temer reforçou o caixa para a propaganda enganosa na mídia, que já soma mais de R$ 150 milhões. Desses, R$ 64 milhões só para as emissoras de televisão. Não é por menos que o presidente vem excursionando por programas populares de televisão, como Silvio Santos e Ratinho, a fim de mentir à população. Nos próximos dias, pretende ainda realizar uma enorme ofensiva via redes sociais.

É preciso que esse dia 19 seja de fato um grande dia de luta, que faça o país tremer contra a reforma da Previdência. E é necessário ainda que, desde já, as centrais, sindicatos e demais entidades e organizações, a exemplo do que vem fazendo e orientando a CSP-Conlutas, utilize todos seus meios e recursos para desmontar e contrapor a campanha mentirosa do governo.

Precisamos de uma Greve Geral
No final de 2017, as centrais se reuniram e definiram o lema “Se botar pra votar, o Brasil vai parar”. No entanto, apesar de o governo estar anunciando publicamente a data da votação da reforma, as centrais, em reunião que a CSP-Conlutas sequer foi chamada, não convocaram uma Greve Geral no país. A Greve Geral, como vem defendendo a CSP, continua sendo uma necessidade para botar abaixo em definitivo essa reforma.

Se há vacilação nas direções das maiores centrais, é preciso reforçar a organização da luta por baixo. É necessário realizar assembleias nas categorias, no movimento popular, organizar comitês de luta contra as reformas nos bairros e periferias, e impor, no dia 19 de fevereiro, um grande dia de luta. Podemos fazer como em março passado, em que um dia de lutas convocado pelas centrais acabou se transformando, pela pressão de baixo, em dia de Greve Geral na prática em várias partes do país.

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