No dia 17 de outubro, ocorreu a Jornada Internacional pela Nacionalização dos Hidrocarbonetos e Recursos Naturais e contra as privatizações, convocada pelo Encontro de La Paz, em agosto passado. Quando fechávamos esta edição, recebemos informes das seguintes atividades:

• Bolívia – Uma marcha saiu de El Alto em direção ao centro de La Paz, com cerca de 3 mil pessoas. Houve manifestações menores em Cochabamba e Sucre. Participaram a COB, a COD-La Paz, COR-El Alto, setores da FEJUVE, Federação de Mineiros, Associação de Familiares das Vítimas de Outubro de 2003, a UPEA, trabalhadores da UMSA e outros sindicatos. A única organização política presente foi o MST (LIT). Era o aniversário da queda de Lozada e da repressão que se seguiu a ela. Por isso, teve muito peso a exigência de julgamento e castigo a ele e seus ministros. Ao final, na Praça San Francisco, foi queimada uma bandeira americana.

• Brasil – Petroleiros fizeram uma paralisação de 24 horas contra a entrega de áreas de exploração a multinacionais e pela campanha salarial. A paralisação,

convocada pela FUP, foi proposta do BASE (Bloco Alternativo Sindical de Esquerda), grupo da Conlutas, de oposição. A grande maioria das refinarias parou totalmente.

• Equador – Em Quito, ocorreu um Encontro na Casa de Cultura, com as bandeiras propostas pelo encontro da Bolívia. Nos dias 22, 23 e 24 de outubro aconteceu um Fórum Petroleiro, com organizações sociais das províncias amazônicas de Sucumbíos e Orellana.

• Peru – Em Lima, se fez um plantão diante do Congresso com a presença de organizações e dirigentes sindicais e populares (CGTP Lambayeque, FENTAP, Sindicato de Obreros Leche UPA, Frente de Defensa Chilca, Federación de Pueblos Jóvenes Chimbote, PPJJ de Lambayeque, docentes universitarios, SITRAMUN, El Sol Naciente de la Victoria, Despedidos Sedapal, Trabalhadores do Judiciário) e as organizações FIS, AIT, PT e PST (LIT). Posteriormente, se fez na sede da Federação Nacional de Água Potável (FENTAP) uma reunião. Foi enviada uma moção de apoio ao Congresso da FENTAP (que luta contra a privatização da água) e uma saudação à COB e à FSTMB bolivianas.

• Venezuela – Estavam programadas duas atividades. Uma em Porto La Cruz, convocada pela corrente sindical petroleira Opción Clasista, e outra na região das Sierras de Perija (estado Zulia) convocada pelos setores que estão lutando contra projetos mineiros da companhia do Vale do Rio Doce que vão prejudicar milhares de pequenos agricultores e o fornecimento de água à cidade de Maracaibo. Esses setores já haviam feito uma marcha a Caracas em abril, com cerca de 2 mil pessoas.

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