Vamos construir manifestação contra o governo e contra Aécio e Cunha!


Na véspera do dia dos pais, centenas de pais de família, operários da GM de São José dos Campos receberam carta de demissão. A multinacional, que recebeu milhões do governo brasileiro e que teve o maior lucro mundial de sua história, não aceita diminuir seus lucros, colocando no olho da rua centenas de operários de maneira covarde. 
 
Os operários reagiram coletivamente e entraram em greve contra as demissões imediatamente. O trabalhador como indivíduo isolado pode pouco, mas como coletivo, como classe trabalhadora unida, pode muito. Mais poder tem quanto maior unidade na luta tiver. E essa realidade dos operários da GM está sendo hoje a realidade da classe operária e da classe trabalhadora no país inteiro. 
 
Em todo lado, vemos demissões. Em muitos lugares, sem sequer pagar os direitos, como no Complexo Petrolífero do Rio de Janeiro (Comperj). Também vemos propostas de redução de salários e da Participação nos Lucros e Resultados (PLR). Ou, como no funcionalismo público federal, onde a proposta de reajuste do governo é não garantir nem metade da inflação. 
 
No funcionalismo do Rio Grande do Sul, o governo do Estado resolveu parcelar o pagamento dos salários. A patronal e o governo Dilma estão jogando a crise nas costas da classe trabalhadora para salvar e aumentar seus lucros e garantir o pagamento da dívida pública aos banqueiros, à custa de ainda maior empobrecimento nosso. Porém, em todo lado vemos lutas. 
 
O governo Dilma (PT), o Congresso Nacional, Aécio (PSDB), Eduardo Cunha (PMDB), os governadores dos estados, jogam todos no time dos banqueiros e da patronal. Eles estão numa briga política para ver quem governa o Estado e quem se safa das denúncias de corrupção. Mas, não têm diferença quando o assunto é jogar a crise nas nossas costas. Seja o PT, o PSDB e o PMDB, a receita é a mesma. 
 
Diante da fraqueza do governo Dilma, ratos antes aliados, como Eduardo Cunha, ameaçam pular do barco do governo e os urubus- tucanos, como Aécio Neves, se assanham. Ambos estão apoiando a manifestação do dia 16 de agosto. 
 
O PT, o PCdoB, o MST, a CUT, a CTB e outras entidades governistas, com apoio do MTST e PSOL, chamam uma manifestação para o dia 20 de agosto contra a do dia 16, em defesa do governo Dilma. Embora digam ser contra o ajuste fiscal, primeiro defendem esse governo que faz o ajuste fiscal, como se “de esquerda” fosse.
 
A força da classe trabalhadora em movimento
Como na GM, os operários e toda a classe trabalhadora estão rejeitando propostas indecorosas de rebaixamento de salários, e fazendo greves e mobilizações por todo o país. Essas greves teriam mais força se fossem unificadas, no rumo de uma Greve Geral, enfrentando a patronal, o governo e o Congresso. 
 
O caminho a seguir é o que propõe a CSP-Conlutas, que chama a CUT e a CTB a romperem com o governo e a Força Sindical a romper com o PSDB e o partido Solidariedade e virem construir a Greve Geral contra todos eles e contra esse ajuste fiscal. E chama, especialmente, o MTST e o PSOL a romperem com o campo governista do dia 20 e virem construir uma manifestação contra todos eles em setembro: um forte campo da classe trabalhadora, contra o campo burguês da Dilma, PT e seus aliados, e contra o campo da oposição burguesa de direita, de Aécio e Cunha. Por esse caminho, nos tornaremos mais fortes para derrotar também o ajuste fiscal. Por isso todos os trabalhadores que estão em greve, em suas assembleias, devem rejeitar a participação no dia 16 e no dia 20 e apoiarem a construção de uma mobilização independente e contra o governo, o Congresso e a oposição burguesa. 
 
A classe trabalhadora deve tomar em suas mãos a tarefa de botar fora esse governo Dilma e também Cunha, Aécio, Temer, Renan e toda essa corja. Os trabalhadores e a juventude unidos e mobilizados podem botar todo esse pessoal para correr e construir um governo seu. O caminho para isso é a mobilização unificada contra todos eles e não defender esse governo ou propor que esse Congresso corrupto, pela via do impeachment, controle o país. 
 
Chega de Dilma, do PT, de Temer, de Cunha, de Renan, do PMDB e de Aécio e o PSDB!