Milhões saíram às ruas contra a guerra imperialista. As maiores manifestações ocorreram na Europa e EUA. Foi um dia que passará para a história: O imperialismo ianque e seus “aliados” estão perdendo a batalha pela consciência das massas antes de iniciar o massacre contra o povo iraquiano.

Estados Unidos: “Não em nosso nome”
Apesar do boicote da mídia, das intimidações, do fechamento de estações do Metrô e até mesmo da proibição das passeatas, Nova York e mais 150 cidades norte-americanas se somaram ao turbilhão contra a guerra. Aos gritos de “As ruas são nossas”, 250 mil pessoas ocuparam a Primeira Avenida, num dia de 4 graus negativos.
Em Washington, Miame, Chicago, Los Angeles, outros milhares de manifestantes estiveram presentes. No entanto, nos EUA já se vive uma censura de guerra. As principais redes de TV praticamente não noticiaram as manifestações. Em pleno dia 15, a CNN fazia uma “cobertura especial” sobre as “ramificações mundiais da Al Qaeda”.

Europa se levanta
As maiores manifestações européias ocorreram na Inglaterra, Espanha e Itália, cujos governos se aliaram servilmente ao imperialismo. A legitimidade destes governos ficou dramaticamente questionada aos olhos do povo.
Na Europa vale destacar a expressiva participação da juventude e dos imigrantes. Na Espanha, 82 atos reuníram seis milhões de pessoas. As marchas de Madri e Barcelona, com um milhão e meio cada, ficaram entre as maiores do continente. Na Catalunha, quase um terço da população saiu às ruas.
Em Roma, os organizadores estimaram quatro milhões de pessoas. Londres realizou a maior concentração de sua história, estimada em 2 milhões de manifestantes. No mesmo dia 15, a imprensa ressaltava que 90% dos britânicos são contrários à guerra, e 60% deles inclusive se ela for aprovada pela ONU.
A Alemanha reuniu um milhão de manifestantes, 500 mil em Berlim. Paris teve 250 mil, exigindo que Chirac exerça o direito de veto no Conselho de Segurança da ONU.

Brasil: 60 mil saem às ruas
No Brasil, foram realizados atos e manifestações em praticamente todas as capitais e em várias cidades importantes. A maior demonstração coube a São Paulo, com um ato em frente ao Masp e passeata que reuniram 30 mil participantes.
Embora o ministro Olívio Dutra tenha afirmado o apoio de Lula à mobilização, foram poucas as figuras importantes do PT na mobilização. A coluna do PSTU foi numerosa e animada. Zé Maria falou durante o ato e afirmou que a guerra de Bush é “contra todos os trabalhadores e países pobres do mundo” e “que esta guerra na América Latina tem nome: Alca”. Exigiu ainda de Lula que rompa as negociações da Alca e as relações com os EUA.
A marcha do Rio de Janeiro, que foi do Leme até o Posto 6, em Copacabana, teve cerca de 15 mil participantes. Em Fortaleza, o PSTU levantou, no ato que reuniu 3 mil pessoas, uma faixa onde se lia “Contra a guerra e a Alca, Lula, rompa com o FMI”. Cerca de 1.500 pessoas participaram de passeata em Salvador. Outras 1.5000 se manifestaram em Belo Horizonte. Recife, Curitiba e São Luís também tiveram atos importantes.
Diante da iminência da invasão do Iraque é preciso preparar os próximos passos da luta contra a guerra: organizemos novas manifestações!

(Colaborou Felipe Alegria, de Barcelona)
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