É preciso defender os direitos dos trabalhadores e do povo brasileiro. Os governos e os grandes empresários querem jogar a conta da crise em nossas costas. É preciso ir à luta e construir uma grande greve geral

O maior e mais grave ataque nesse momento à classe trabalhadora é o Projeto de Lei que regulamenta as terceirizações, o famigerado PL 4330, que foi aprovado pela Câmara de Deputados. Com essa nova lei, os patrões poderão terceirizar a mão de obra em todos os setores, tanto no setor público como no privado. Na prática, significa o fim da CLT e uma reforma trabalhista que aumenta ainda mais a exploração dos trabalhadores, em particular das mulheres e dos negros.

Os direitos trabalhistas estão ameaçados também pelas Medidas Provisórias do governo Dilma (MP’s 664 e 665), que reduzem os benefícios do seguro-desemprego, do PIS e da pensão por morte.

Mas não é só. O ajuste fiscal do governo Dilma e do ministro-banqueiro Joaquim Levy corta verbas da educação e saúde públicas, aumenta a conta de luz, o preço da gasolina e dos alimentos, além de paralisar programas de moradia popular. O ajuste é feito para beneficiar ainda mais os banqueiros e especuladores, pois busca retirar até R$ 100 bilhões do orçamento das áreas sociais para pagar os abusivos juros da dívida pública.

Os escândalos de corrupção aumentam cada dia
A Petrobras, maior empresa estatal do país, está ameaçada pela corrupção. A operação da Lava-Jato revelou um enorme esquema de propina entre as empresas terceirizadas, empreiteiras e políticos petistas, da base aliada do governo Dilma e também da oposição de direita.

Em São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB) não faz diferente. A crise da água é resultado da privatização da Sabesp. O governador tucano paga baixos salários aos professores, reduz o orçamento das áreas sociais e está envolvido no escândalo de corrupção em obras do metrô e trens do estado. Geraldo Alckmin (PSDB) é inimigo da educação! Todo apoio à greve dos professores!

 Somente os trabalhadores nas ruas podem barrar todos os ataques aos direitos
A força dos trabalhadores está em sua capacidade de mobilização e organização. A mais ampla unidade na luta é fundamental para enfrentar os ataques, defender nossos direitos e conquistar vitórias. A greve dos professores estaduais por salários dignos e dos metalúrgicos em defesa do emprego precisam ser cercadas de apoio.

É necessário unificar as lutas para defender nossos direitos. Nesse sentido, a CSP-Conlutas, CUT, CTB, NCST e Intersindical/CCT realizaram uma reunião e decidiu convocar uma Paralisação Nacional dos trabalhadores no dia 15 de abril, próxima quarta-feira. A paralisação é contra o PL das terceirizações (PL 4330) e contra as MP’s 664 e 665 do Governo Dilma.

Nessa reunião, a CSP-Conlutas defendeu a paralisação nacional e reafirmou a necessidade das centrais sindicais construírem uma Greve Geral para derrotar estes ataques e defender os direitos dos trabalhadores, porém as demais centrais ainda não tem acordo, por não querer questionar o governo Dilma diretamente. Portanto, segue a necessidade de ruptura com o governo Dilma para avançar na defesa dos trabalhadores.

Todos aos atos em São Paulo para lutar contra os governos e seus ataques a classe
No dia 15, em cada fábrica, local de trabalho e escola, vamos construir fortes paralisações pela base e tomar as ruas em defesa de nossos direitos.

Na capital paulista, o dia nacional de paralisações terá um grande ato unificado no Largo da Batata no final da tarde, às 17h. Dezenas de milhares de trabalhadores, sem tetos e estudantes tomarão as ruas de São Paulo em defesa de direitos sociais e trabalhistas. Em São José dos Campos e no Vale do Paraíba também haverá intensas mobilizações durante todo o dia.

Romper os limites da convocatória do MTST e demais entidades
O texto que convoca o ato em São Paulo, intitulado “Manifesto contra a Direita, por mais Direitos”, chama corretamente a luta sem tréguas contra a oposição de direita, encabeçada pelo PSDB.

Porém, o manifesto tem uma grave limitação: não aponta a necessidade de uma luta implacável contra o governo de Dilma. Limitando-se a somente chamar a luta contra as medidas de ajuste fiscal, não avançando contra o governo Dilma que aplica todo o ajuste e apóia a retirada de direitos com o PL 4330 das terceirizações. Por esse motivo, não assinamos o texto de convocação.

O governo do PT, em aliança com setores da direita, como o PMDB, PP, Maluf, Kátia Abreu, Collor, Sarney, é o responsável por pesados ataques aos trabalhadores e ao povo pobre. É um governo a serviço dos grandes empresários, banqueiros, multinacionais e corruptos. Não é um governo de esquerda e tampouco está em disputa: é um governo inimigo de nossa classe. Por isso, com razão, a ampla maioria o povo trabalhador vem rompendo com o governo federal.

Nesse sentido, o PSTU faz um chamado ao MTST e ao PSOL: vamos construir o terceiro campo dos trabalhadores e do povo pobre, contra o governo Dilma e contra a direita! Vamos juntos, na luta, abrir caminho para um governo dos trabalhadores sem patrões e corruptos. Chega de Dilma, PT, PSDB e PMDB!

A militância do PSTU estará presente e convida os trabalhadores e a juventude a se somarem nesse importante ato no Largo da Batata e no Vale do Paraíba. É hora de colocar o bloco dos trabalhadores e da juventude na rua! Vamos todos a luta!

Para construção desse terceiro campo de classe e socialista defendemos:

  • Não basta lutar contra a direita, é preciso enfrentar também o governo Dilma e PT
  • Não ao PL 4330 da Terceirização, as Medidas Provisórias 664 e 665 e o ajuste fiscal do Governo Dilma!
  • É preciso unificar todas as lutas e construir uma greve geral em defesa da classe trabalhadora!
     

Chega de Dilma, PMDB e PSDB! Fora todos os corruptos!