A primeira reunião da Coordenação Nacional da Conlutas do ano resolveu apontar um plano que unifique as lutas de distintos setores nos meses de março e abril. A Conlutas considerou a mobilização contra a flexibilização na General Motors de São José dos Campos (SP), assim como a luta contra a transposição do São Francisco, como duas bandeiras gerais de todos os setores.

No dia 1° de abril, existirão mobilizações de rua de apoio a essas lutas e contra as mentiras do governo, como a da transposição do São Francisco, que diz que o projeto “vai acabar com a sede dos nordestinos” ou como a da GM, de “criar empregos” através da flexibilização”.

Também estão sendo organizadas lutas de outros setores sociais já a partir de março. Os estudantes utilizarão a tradicional data de 28 de março (morte do estudante Edson Luís), para desencadear mobilizações contra a reforma privatizante do Reuni, ou seja, vão se mobilizar contra mais uma mentira do governo, de que esse projeto visa assegurar vagas aos estudantes mais pobres. Vários setores do funcionalismo público federal e estadual têm datas de começo de mobilização durante o mês de março.

Conlutas começa o ano cumprindo sua vocação de unificação e coordenação das lutas. É preciso que os sindicatos e entidades do movimento popular assumam a importância dessa unificação e a discutam em assembléias de base.

A dispersão dessas mobilizações pode levar à derrota de cada uma delas. O governo Lula e os patrões vão tentar jogar a opinião pública contra os trabalhadores, contando com o apoio completo das grandes empresas e da imprensa. Vai ainda se utilizar da CUT e da UNE, seus braços pelegos dentro do movimento para dividir os trabalhadores.

A Conlutas decidiu também chamar ativamente o MST a se somar neste plano de lutas. Como se sabe, a direção deste movimento segue apoiando o governo. No entanto, existe uma situação cada vez mais explosiva no campo com o crescimento das grandes empresas do agronegócio, apoiadas integralmente pelo governo Lula. Isso leva a que o MST esteja cada vez mais prensado pela polarização crescente do campo. Por isso, devemos chamar o MST a romper com o governo para se somar às mobilizações dos trabalhadores da cidade e do campo.

Para vencer, é preciso unir as lutas. Todo apoio ao plano de lutas da Conlutas. No dia 1º de abril, vamos protestar juntos contra as mentiras deste governo.

Post author Editorial do Opinião Socialista nº 330
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