2014 é tempo de voltar às ruas: contra o aumento dos salários dos vereadores de Maceió!

O ano novo chegou e, certamente, os maceioenses fizeram muitos pedidos para 2014. Pularam ondas do mar desejando mais saúde, mais paz, mais educação, mais emprego, mais cultura, mais moradia e menos desigualdade; ou seja, uma cidade melhor. Esses desejos se combinam com a nossa luta em 2013, contra o aumento das passagens, mas também se somam à luta por mais saúde e por uma educação de qualidade. Luta por uma Maceió que de fato esteja voltada aos trabalhadores que a ergueram, que a construíram e que seguem mantendo em pé, ainda que aos trancos e barrancos. Tudo isso pedimos durante todo o ano de 2013 e seguiremos pedindo e lutando em 2014.
 
E eis que começamos 2014 com mais um ataque vindo da Câmara de Vereadores, que tentaram aumentar seus próprios salários. A votação do aumento de 60% do subsídio dos vereadores, que passaria de R$ 9 mil para R$ 14 mil, representaria o maior reajuste salarial entre todas as Câmaras Municipais do Brasil. Foi o temor da força das ruas que fez com que o Tribunal de Justiça de Alagoas, acatando uma ação do Ministério Público Estadual, suspendesse a votação.
 
Em nossa opinião, esta ação é uma vitória do povo de Alagoas e deve ser comemorada por todos nós. Porém é uma vitória apenas parcial, visto que o aumento pode ser posto novamente em votação num futuro próximo. Devemos ficar todos muito atentos. É desta forma que os vereadores de Maceió legislam. Se não em benefício dos empresários, em benefício próprio, e nada para os trabalhadores.
 
Teoricamente, a Câmara de Maceió deveria ser um local privilegiado para que fossem ouvidas as reivindicações populares. Afinal, são os vereadores que definem as leis de administração municipal: o orçamento destinado à saúde e à educação e as melhorias no transporte público. Muita coisa poderia partir daí. Se os vereadores realmente desejassem dar aos trabalhadores de Maceió uma vida digna, atender aquilo que reivindicamos nas ruas e que desejamos nas festividades, certamente eles se moveriam dentro da Câmara para nos atender.
 
À exceção de Heloísa Helena – que apesar das discordâncias que temos, devemos reconhecer que ocupa, na Câmara, uma voz de resistência e de apoio à luta dos trabalhadores –, nenhum vereador se move politicamente para atender às reivindicações do povo. Optam por legislar em proveito dos empresários que financiaram suas campanhas e em benefício próprio. São parasitas sociais que enriquecem à custa do suor e do trabalho dos alagoanos, e constroem suas vidas em cima das ruínas dos sonhos de nosso povo.
 
O capitalismo é assim. A política serve apenas como um balcão de negócios para os empresários e banqueiros, e o que eles negociam é basicamente a nossa vida e nosso bem-estar, vendidos por migalhas em troca de milhões para seus próprios bolsos.
 
Os tempos estão mudando. Nós que levantamos a cabeça em 2013 e percebemos que tudo podemos se tomarmos as rédeas da política com nossas mãos, devemos ter cada vez mais consciência das nossas forças. Com esta força, tudo poderemos ocupando as ruas e dobrando os governantes. Se não, será o balcão de negócios dos empresários, que é a prefeitura de Maceió e a Câmara de vereadores, que nos dará um direito ao futuro, ou melhor, nos negará este futuro.
 
Eles sabem disso. Os novos ventos que sopram em nosso país são ventos de mudança e esperança e atingem em cheio os velhos parasitas das classes dominantes. 
 
O PSTU convoca todos os trabalhadores e trabalhadoras, juventude e todos os explorados e oprimidos a voltar às ruas em 2014 para sepultarmos de uma vez por todas este aumento. Mais do que isso, é preciso reduzir o abusivo salário de R$ 9 mil que recebe um vereador em Maceió.
 
Um vereador deve ganhar o equivalente ao que ganha um professor da rede municipal de Maceió. Tampouco achamos que serão o Tribunal de Justiça e o Ministério Público os órgãos capazes de atender nossas reivindicações. Esta vitória parcial é fruto do novo cenário político em nosso país, que se abriu a partir de nossa força. Não devemos confiar nem na Câmara, nem nos órgãos do judiciário, mas na força de nossa mobilização. Só a luta será capaz de abrir caminho para que todos os nossos desejos se realizem em 2014.