Redação

Temer, Pimentel, Alex de Freitas e Newton Cardoso Jr. se unem contra a Ocupação William Ros

Fomos informados, na tarde da última quarta-feira, 31 de maio, que o despejo da ocupação será executado no dia 17 de junho.

Junto com a ameaça de despejo de 400 famílias que hoje moram nesse terreno, também existe a ameaça do despejo de mais 32 famílias da Ocupação Marião.

No início deste ano foram retomadas as negociações para a construção de uma saída para as famílias.

Em mesa de negociação composta pela Prefeitura de Contagem, Governo Estadual e Governo Federal, com a presença de outros atores como representantes do MPF, Conselho Nacional de Direitos Humanos, Defensoria Pública Estadual

A Ocupação William Rosa resiste à desocupação solicitada pelo Ceasa, há três anos e meio, quando as famílias ocuparam o terreno, localizado no bairro Laguna, Contagem. Abandonado há mais de 40 anos, o terreno é de posse presumida do Ceasa, empresa que o Governo Federal tem 99% das ações.

Desde então, vem sendo realizada uma negociação com as três esferas do governo na busca de uma solução para o grave problema social vivido por essas famílias. No entanto, a solução apontada, de construção de moradias populares, nunca foi efetivada, mesmo com toda a flexibilização dos moradores para garantir uma moradia.

Já na Ocupação Marião vivem 32 famílias, formadas em sua maioria por mães solteiras que ocuparam dois prédios abandonados, inacabados pela Prefeitura de Contagem há mais de cinco anos.

A notícia do despejo foi informada por um representante do Governo Federal e confirmada por um representante do governo do Estado para o dia 17 de junho.

No último mês duas mesas de negociações foram desmarcadas pela Prefeitura de Contagem.

A proposta apontada na mesa é que a Prefeitura de Contagem garantiria, através de programas governamentais, a construção das moradias. As famílias permaneceriam onde estão até que as moradias populares estivessem prontas.

A direção do Ceasa, no entanto, tem pressionado para que isto não aconteça. Vale lembrar que os cargos de direção desta empresa são de indicação política desde o governo passado, cota de Newton Cardoso Jr.

Manifestação em frente à Prefeitura de Contagem na tarde desse 2 de junho

Diante da grave crise política que assola o país é inaceitável que as três esferas de governo se aliem para colocar na rua 432 famílias, que não tem para onde ir. Queremos a retomada das negociações. Que a prefeitura de Contagem assine a proposta apresentada, que o governo do estado e Governo Federal (responsável pelo terreno) não façam o despejo e auxiliem as famílias para que continuem no terreno em condições menos precárias até a construção das moradias.

As famílias não têm para onde ir por isso irão resistir para defenderem seus lares. Não queremos que mais uma tragédia aconteça fruto da violência policial.

Pedimos o apoio a todos os lutadores do estado para as 1.800 pessoas que correm o risco de serem agredidas e desabrigadas.

Resistiremos.

Coordenação das ocupações William Rosa e Marião, Movimento Luta Popular