Reunião da Coordenação Nacional da CSP-Conlutas

Organizar a luta dos trabalhadores, lutar pela unificação de todas as categorias e realizar uma jornada de lutas no mês de novembro, rumo à Greve Geral contra as reformas da Previdência e trabalhista, contra a PEC 241 e a reforma do Ensino Médio (PEC 746). Essa foi a principal resolução da Coordenação Nacional da CSP-Conlutas, ocorrida entre os dias 21 e 23 de outubro.

As iniciativas votadas já estão na rua. Neste dia 24, a CSP-Conlutas participou das mobilizações contra a PEC 241 em Brasília e nas principais capitais do país. Essas são as primeiras atividades de um calendário que se estende até o dia 25 de novembro, para quando está sendo preparado um forte dia nacional de greves e paralisações.

Entre 4 a 20 de novembro, ocorrerão as atividades da “Marcha da Periferia”, para exigir a reparação dos direitos ao povo negro trabalhador e a luta contra o genocídio na periferia. No dia 20 é o dia da Consciência Negra.

Nos dias 11 e 25 de novembro, a CSP-Conlutas se somará ao calendário unificado das centrais, participando da jornada de lutas em unidade de ação pelas seguintes bandeiras: Em defesa da Aposentadoria. Contra a reforma da Previdência. Em defesa dos Direitos dos Trabalhadores. Contra a reforma trabalhista. Em defesa da Saúde e da Educação; Contra a PEC 241 e a MP 746 da Reforma do Ensino Médio. Em defesa do emprego!”.

Unificar as datas e as pautas é um grande passo para construção da Greve Geral. Os ataques são enormes e a dispersão e a divisão das categorias não ajudam unificar as lutas. É com essa perspectiva que a central votou participar das iniciativas do dia 11 e colocar peso no dia 25, intensificando as paralisações e as greves, fazendo um forte dia que acumule forças para construção da Greve Geral contra as reformas da Previdência e trabalhista, que devem ser apresentadas ainda neste ano pelo governo Temer.

A batalha para construir um forte dia 25, em que também se comemora o Dia Latino-americano e Caribenho de Luta contra a Violência à Mulher, requer esclarecimento e organização dos trabalhadores.

O governo e o empresariado estão fazendo uma forte campanha de que é preciso endurecer as leis para aposentadoria, congelar os gastos públicos em 20 anos e atacar os nossos direitos para fazer o Brasil “voltar a crescer”. Mas a real é que o governo tenta “costurar” a base do Congresso para aprovar um pacote de medidas que jogam a conta da crise nas costas dos trabalhadores. Não é verdade que a solução para o país é que os trabalhadores fiquem com o prejuízo de uma crise que eles não criaram.

Por isso, como parte da construção do calendário de lutas, a CSP-Conlutas preparou uma forte campanha de esclarecimento sobre os ataques aos direitos que estão sendo preparados com as reformas previdenciária e trabalhista e que irá trabalhar em suas bases.

As mais de mil escolas ocupadas em todo o país, contra a Reforma do Ensino Médio (PEC 746) e a PEC 241, as greves das categorias, as manifestações dos servidores públicos, dos trabalhadores da educação e a paralisação nacional dos metalúrgicos realizada em setembro demonstram que a classe trabalhadora e a juventude estão dispostas a lutar. Uma Greve Geral não é só necessária, mas é possível. É preciso, desde já aprovar o dia 25 nas assembleias das categorias, realizar debates e construir os passos dessa luta.

Confira o Calendário de Mobilizações: 

24 e 25 de outubro – Mobilização na Câmara Federal, em Brasília: Orientamos o deslocamento de representações de nossas entidades para esse dia; Colagem de cartazes com as fotos dos deputados por estado, mobilização nos aeroportos para pressão sobre os deputados, campanha de mídia de acordo com a possibilidade e realidade de cada entidade e participação nos atos de rua nos estados.

11 de novembro – Dia Nacional de Protestos, Mobilizações e Paralisação: Impulsionaremos o envolvimento e participação do ativismo de nossa central em todos os estados, especialmente naquelas categorias que já deliberaram por paralisação nesse dia, bem como garantiremos a presença da central em atos unitários que sejam realizados;

20 de Novembro – Marcha da Periferia

25 de novembro – Dia Nacional de Protestos Paralisações e Greves: Nossa linha é debater e aprovar Greve nas bases de todas as organizações e categorias nesse dia Nacional de Protestos e Greves, e fazendo amplas ações conjuntas com o movimento popular, incorporando a luta contra a violência às mulheres como parte do dia latino-americano nesse processo de construção, seguir agitando a necessidade da Greve Geral.

Atnágoras Lopes, da Secretaria Executiva Nacional da CSP-Conlutas

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