Convocatória da Marcha dos Trabalhadores

Por que não estamos todos no dia 18 na Avenida Paulista?

O governo da presidenta Dilma acaba de anunciar mais um pacote de maldades contra os trabalhadores. Seu governo aplica sem dó nem piedade todas as ordens que lhes dão os bancos e as grandes empresas, ou seja, a “direita” tradicional do nosso país.
 
A direção do PSOL e também do MTST negaram-se até agora a construir a unidade na luta com a CSP-Conlutas e as demais entidades que estão convocando a manifestação do dia 18 na Paulista. Alegam que é errado fazer a luta contra o governo Dilma porque isso fortaleceria algo pior, a “ameaça da direita”. Por isso participaram no dia 20 de agosto de manifestações que foram, de fato, de apoio ao governo do PT.
 
Depois do anúncio que o governo fez ontem, o MTST anunciou que vai chamar mobilizações de rua, mesmo mantendo o mesmo tom de crítica, e não de ruptura, com o governo. Não posso deixar de perguntar aos companheiros: Por que não juntamos forças? Por que os companheiros não podem somar-se à manifestação que acontecerá na próxima sexta (18) na avenida paulista?
 
A realidade já demonstrou a exaustão que não há como derrotar o ajuste fiscal, evitar os cortes nas políticas sociais, sem derrotar o governo que aí está. Os últimos acontecimentos só reforçam o que os trabalhadores já perceberam: Não tem sentido evitar a luta contra o governo Dilma em nome de uma “ameaça da direita”, pois este governo já está fazendo tudo que a “direita” quer.
 
Reafirmamos então o chamado já feito outras vezes aos companheiros: venham somar-se à manifestação da Paulista no dia 18. Somando nossas forças seremos mais fortes!
 
Construir uma Frente Única para lutar contra o Governo do PT e contra a oposição burguesa
Dia 19, no sindicato dos metroviários em São Paulo, haverá uma plenária sindical e popular, convocada pela CSP-Conlutas e várias outras entidades, para discutir a continuidade da luta, depois do dia 18.
 
A CSP-Conlutas e estas dezenas de outras entidades e movimentos estão empenhadas na construção de uma frente única para lutar contra o governo da presidenta Dilma e também contra as alternativas da oposição burguesa, venham elas do PMDB ou do PSDB.
 
Trata-se de uma alternativa de classe, que seja contra os dois campos burgueses que estão disputando o cenário político do país: o campo encabeçado pelo PT e seu governo, e o campo encabeçado pelo PSDB e PMDB.
 
É nesse caminho, na luta, nas ruas, contra o governo do PT e também contra a oposição burguesa, que os trabalhadores poderão construir uma alternativa sua para a crise que o país vive.
 
O PSTU acredita que os trabalhadores devem derrubar o governo que aí está, colocando também para fora esta corja do PMDB e PSDB. Acredita na luta dos trabalhadores, que qualquer mudança depende da ação da nossa classe, por isso apoia e participa da construção desta frente.
 
Por que o PSOL e o MTST não se somam a este processo? A única razão para não fazê-lo seria a manutenção da posição política dos companheiros, que é a de preservação do governo petista, em última instancia, frente à tal “ameaça da direita”. Atuar para preservar o governo petista no contexto em que vivemos acaba levando a uma atitude cúmplice com o próprio ajuste fiscal praticado por este governo.
 
O governo do PT não teve dúvidas ao escolher a defesa dos interesses dos banqueiros ao invés dos direitos dos trabalhadores e trabalhadoras. Os companheiros também precisam fazer sua escolha, e definir o lado em que estão nessa luta.
 
Reafirmo, então, o chamado para que venham juntar-se à CSP-Conlutas e demais entidades e movimentos na construção desta frente de luta contra o governo e a oposição burguesa.
 
 
 

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