João Doria Jr. e Geraldo Alckmin
Marina Peres, da Juventude do PSTU-SP

O ano mal começou, mas o governador Geraldo Alckmin e João Doria (ambos do PSDB), que acaba de assumir a prefeitura, já mostraram a que vieram. Mentiram, dizendo que a tarifa dos transportes seria mantida, mas aumentaram violentamente todas as tarifas múltiplas e integrações de ônibus, trem e metrô. Esse aumento penaliza principalmente os trabalhadores e trabalhadoras que moram nas regiões mais periféricas de São Paulo, e precisam pegar várias conduções para chegar em casa do trabalho. Tudo para garantir os lucros dos grandes empresários e das máfias dos transportes de São Paulo. Os bilhetes temporais de estudante, por exemplo, como o diário e o mensal, nem vão mais existir, prejudicando um setor da juventude que trabalha e estuda e que já gasta uma parte enorme de sua renda com tarifa.

Na última semana, a imprensa anunciou uma decisão judicial do Tribunal de Justiça de São Paulo a favor da suspensão do aumento. Não podemos, no entanto, confiar nem um pouco nessa Justiça! Alckmin inclusive já anunciou que cogita, caso essa decisão se mantenha, desobedecê-la ou simplesmente alterar a tarifa básica para R$4,05, além da integração para R$6,31. Um absurdo!

Os vereadores do PT que entraram com essa ação contra Alckmin, por outro lado, também não merecem nenhuma confiança. Nossa memória não é curta: desde junho de 2013, Haddad sempre esteve de mãos dadas com Alckmin, ambos responsáveis pelos aumentos e pela repressão nos últimos anos. O real interesse deste partido, agora que está na oposição, é antes de tudo desgastar seus adversários eleitorais, pensando em tentar se eleger novamente.

Sabemos que esse aumento da tarifa é mais um de vários ataques contra a juventude e os trabalhadores. Os governos, sejam do PSDB, do PDMB ou do PT, têm um só objetivo: garantir, em todo o país, a aplicação do ajuste fiscal, repassando à classe trabalhadora e aos seus setores mais explorados e oprimidos a conta da crise econômica. Para nós, só há uma saída: fortalecer e unificar cada vez mais as nossas lutas, ocupando as ruas, as escolas e universidades, para parar o país em uma grande greve geral, contra cada um desses ataques que os governos querem impor contra a juventude e os trabalhadores. Não foi à toa que Doria e Alckmin tentaram mentir sobre o aumento: os governos têm medo da mobilização. Só com a nossa luta poderemos barrar todas essas medidas!

É preciso lutar contra o aumento da tarifa e em defesa do passe livre estudantil e para os desempregados, que hoje são mais de 12 milhões por todo o país. Queremos a redução da tarifa, rumo à tarifa zero, e a estatização dos transportes, que devem estar a serviço da juventude e dos trabalhadores, e não dos lucros dos empresários. Não vamos pagar a conta da crise! Vamos todos e todas às ruas!

Todos ao ato em São Paulo, dia 12 de janeiro, quinta-feira, às 17h na Praça do Ciclista!

Não ao aumento de tarifa!

Passe livre estudantil e para desempregados! Redução da tarifa rumo à tarifa zero! Estatização dos transportes públicos!

Fora todos eles, Temer, Alckmin, e o mentiroso Doria, inimigos da juventude e dos trabalhadores!