Tibério César, do Movimento Pró-Luta Popular

No país inteiro, os grandes empresários e os governos, desde o Federal até o municipal, estão alinhados na política de jogar o peso da crise sobre as costas da classe trabalhadora e do povo pobre e negro para garantir os altos lucros dos patrões.

Na madrugada do último sábado, 15 de janeiro, às 4h da madrugada, os ocupantes da Ocupação Aeroporto, em Piripiri, foram surpreendidos com a truculência do Prefeito Municipal Luiz Meneses (PMDB), que ordenou a retirada das famílias da área ocupada e a derrubada das casas.

Sem nenhuma base jurídica e sem ordem judicial, mulheres e crianças foram acordadas com o ronco do motor do trator enviado pela prefeitura para derrubar as casas. Foram obrigados a levantar e resistir durante toda a madruga para evitar a desocupação, colocando os capachos da prefeitura e seu trator para correr de lá.

Mal assumiu o mandato, o prefeito o inaugurou adotando a mesma política do seu chefe, o presidente Michel Temer (PMDB). Uma política perversa e tirânica, de total despreocupação com as mães solteiras, desempregados, trabalhadores, crianças, idosos e pais de famílias que não tem onde morar.

Assim como em Piripiri, o prefeito de Teresina, Firmino Filho (PSDB), e o governador do estado, Wellington Dias (PT), seguem aplicando o mesmo pacote de ajuste através dos projetos de lei que cortam direitos, do corte de verbas dos gastos sociais e do aumento das tarifas.

Portanto, nós, do Movimento pró-Luta Popular, e a CSP-Conlutas, ao mesmo tempo que nos solidarizamos com os ocupantes, repudiamos esse ataque brutal do prefeito de Piripiri e exigimos a imediata regularização dos moradores na área ocupada com a construção de casas populares para todos os ocupantes. É preciso redistribuir as terras e combater os latifundiários e especuladores para garantir o direito à moradia.

Acreditamos que só uma Greve Geral será capaz de barrar os ataques dos patrões e dos governos, e de tirar todos corruptos e reacionários do Congresso. Nesse momento, o Brasil precisa de um novo modelo de governar,  socialista, um governo sem patrões, que seja governado pelos próprios trabalhadores através conselhos populares. É preciso tomar as ruas contra as reformas da previdência e trabalhista.

Não vamos deixar que tirem o nosso direito de morar, não vamos recuar um milímetro, vamos resistir!