Redação

Ontem a noite secundaristas da cidade toda tomaram as ruas pelo passe livre estudantil. Os protestos se iniciaram contra a mudança de regra nas cotas, que restringe o uso do bilhete. Pela regra antiga, o estudante tem direito a 24 cotas totais, totalizando 8 por dia (duas de trem e metrô e 2 de ônibus). Pela regra nova, o passe funcionará com 48 cotas mensais, porém cada cota dura duas horas, sendo e cada cota permite 5 embarques por dia.

O problema é o seguinte: Em São Paulo com o bilhete único, não se paga para trocar de ônibus. Porém, pela nova regra, o passe-livre cobra as integrações após duas horas. Ora, então um estudante de um bairro de extrema periferia, que tem que pegar 2 ônibus para chegar ao trem ou perde mais tempo dentro de um ônibus tem que tirar a viagem de volta do bolso, ou no final do mês já terá acabado com essas cotas.

A nova regra do passe-livre reflete muito bem para quem o prefeito Dória tem governado: para os ricos e poderosos, privatizando a cidade e expulsando a população preta da periferia dos bairros centrais, como na cracolândia. O prefeito playboy, que se fantasia de gari mais na campanha não sabia sequer colocar um bilhete no metrô não representa a juventude e os trabalhadores de São Paulo.

Ao mesmo tempo, é necessário dizer que o antigo passe livre por si só não cabia, pois suas cotas só permitiam a juventude mais pobre só ir e voltar para a escola. Que educação é essa que veta o acesso a cultura e a arte? A UPES, UNE e outras organizações dirigidas pelo que há de mais nefasto no movimento estudantil, batem no peito para dizer que o passe livre foi um presente do Haddad, mais não só esquecem que ele foi resultado de muita luta da juventude em 2013 como tentam vergonhosamente manobrar os atos. Dessa vez, os mesmos conversaram com a direção do ato autônomo pedindo para integrar o ato, já que sua tentativa de boicote foi um fracasso. Mesmo assim, não se pode ser conivente com a história, e dizer que se Dória não nos representa, tampouco podemos dizer que Haddad governou para a população pobre. É como vemos no congresso nacional: de fora, todos brigam, mais para negociar nossos direitos, sentam lado a lado!

Somente um governo socialista dos trabalhadores e o povo pobre é que pode mudar o rumo do país. Nenhuma das opções que estão aí nos representam! São todos corruptos barganhando nossos direitos. Fora Todos! Nosso transporte não pode ser mercadoria! Convidamos a todos estudantes a realizar assembleias em suas escolas, universidades e bairros e toda força aos secundaristas de São Paulo que já deram exemplo internacional de luta. Dória, o seu sono acabou!