Mais de 30 profissionais de imprensa estiveram presentes

Ocorreu na tarde desta terça-feira, 15, na sede da CSP-Conlutas-RJ uma coletiva de imprensa de representantes de uma comissão de base dos trabalhadores rodoviários em greve e com a direção e a assessoria jurídica da CSP-Conlutas-RJ sobre a paralisação de 48 horas dos rodoviários da capital fluminense que teve início desde a meia-noite.

A comissão de base, representada pela cobradadora Maura e pelo motorista Hélio, relatou as péssimas condições de trabalho que têm provocado o adoecimento da categoria. Motoristas são obrigados a conduzirem ônibus mesmo sofrendo de vertigens; é constante o assédio moral pelas empresas de ônibus, com ocorrência de ameaças e agressões físicas por parte de “capatazes”; há falta até de banheiros etc.

A comissão de base externou ainda a revolta da categoria com a condenação judicial sobre apenas quatro trabalhadores e reivindica que o Ministério Público (MP) investigue a relação entre a Rio Ônibus, a Fetranspor e o sindicato da categoria. A comissão de base denunciou as ameaças que parte da categoria tem sofrido por milicianos na Zona Oeste e dos estranhos dados sobre ônibus depredados que foram fornecidos apenas pela patronal. Escandaloso mesmo é a denúncia de falsificação de assinaturas na assembleia que supostamente teria aceitado o acordo proposto pela Rio Ônibus.

Infelizmente, alguns profissionais de imprensa insistem em falar sobre o mínimo de 30% de ônibus circulando. Os advogados que estão assessorando a categoria dos rodoviários confirmam a legalidade da greve e das comissões de base das categorias que se rebelam contra suas durações sindicais. Informaram ainda que a Justiça foi rápida para criminalizar a lutas, mas é lenta na resolução das demandas trabalhistas, já que o dissídio da categoria ainda não foi julgado.

Os advogados denunciaram ainda as detenções arbitrárias sob acusação de depredação e esclareceram que todos os que conseguiram apoio jurídico já foram liberados por absoluta falta de provas.

Apesar da repressão da patronal, da criminalização da Justiça e do Estado e das calúnias veiculadas na imprensa os rodoviários se mostram dispostos a negociar. Se solidarizam com a população e responsabilizam o sindicato e a intransigência da patronal negociar com pelos transtornos.

Por fim, o representante da Executiva Estadual da CSP-Conlutas-RJ, Renato Gomes, denunciou que a exploração dos trabalhadores rodoviários se dá através do aumento do custo de vida que faz com os salários percam seu valor de compra. Além disso denunciou o risco que a implantação total da dupla função de motorista-cobrador trás aos rodoviários e à população como um todo.

O PSTU tem dado, através de seus militantes, todo apoio e solidariedade aos trabalhadores rodoviários do Rio de Janeiro e exige o atendimento imediato de suas reivindicações.

A greve dos rodoviários se dá em um momento em que várias categorias também estão em greve como os servidores públicos federais e os profissionais de educação da redes públicas ou ou se mobilizando como os próprios policiais federais; por isso reafirmamos a necessidade de unificarmos todas a lutas que estão ocorrendo para que mostremos a Dilma, Pezão, Paes e patrões que agora e na copa vai ter luta!

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