Metroviários de SP manifestam solidariedade aos rodoviários
Foto: CSP-Conlutas

Nesta segunda-feira (28), os rodoviários de Recife (PE) entraram em greve por tempo indeterminado. A paralisação nesta manhã contou com adesão de 50% da frota e poderia ter sido superior caso a patronal não colocasse terceirizados para trabalhar no lugar dos grevistas.
 
Segundo o dirigente da CSP-Conlutas Estadual de Recife, Thiago Santos, a patronal está agindo de maneira arbitrária ao colocar trabalhadores terceirizados rodando nas ruas, o que é uma prática ilegal.
 
Apesar da dureza dos patrões e da justiça, que na semana passada concedeu liminar favorável à patronal e obriga a operação de 100% da frota nos horários de pico, e 50% no restante do dia, a luta pelo direito de greve continua até que as reivindicações da categoria sejam atendidas.
 
A greve é por reajuste nos salários e vale alimentação e por reabertura nas negociações. “Os rodoviários de Recife ganham uma das piores remunerações do nordeste”, destaca o dirigente da CSP-Conlutas Recife. Segundo Thiago, os motoristas ganham em média R$ 1.605 e os cobradores R$ 738. O vale alimentação é de R$ 171 o que representa R$ 5,70 por dia.
 
O Ministério Público do Trabalho, que faz a mediação entre patrões e empregados, propôs reajuste de 10% de reajuste nos salários e no vale. A direção eleita do Sindicato dos rodoviários, contudo, quer aumento de 87% no auxílio-alimentação, que passaria de R$ 171 para R$ 320.
 
“Transportamos vida, merecemos respeito”
De acordo com Thiago, em um dos principais terminais de ônibus da cidade, o Macaxeira, a greve contou também com o apoio da população.
 
Uma campanha está sendo difundida pelo Sindicato dos Rodoviários com o tema “Transportamos vida, merecemos respeito” e dialoga com a população para a importância do movimento grevista.
 
Os metroviários de São Paulo também manifestaram sua solidariedade aos rodoviários.
 
A CSP-Conlutas apoia incondicionalmente a greve desses trabalhadores e está providenciando o envio de moções e solidariedade à paralisação.