Redação

Os ataques que o governo Pezão prepara será um dos mais profundos das últimas décadas. Para atender aos interesses dos grandes empresários e dos banqueiros, Temer, Pezão, Eduardo Paes (e a partir de janeiro Crivella) jogam nas costas do povo trabalhador um ajuste fiscal que se concretiza na PEC 241, nas reformas da Previdência e trabalhista e em seus desdobramentos em cada estado e cidade.

A crise do estado tem como pano de fundo as isenções bilionárias que o governador deu aos seus amigos megaempresários, junto com o pagamento religioso aos banqueiros efetuado por Dilma e continuado por Temer, que consome 47% do orçamento da União.

Pezão pretende acelerar a aprovação de um pacote que aumenta a contribuição previdenciária do servidor público, além de taxar aposentados e pensionistas. Tal medida na prática significa uma redução salarial e um sucateamento dos serviços prestados à população. Como se não bastasse, Pezão faz um duro ataque ao plano de carreira, abolindo os triênios que foram adquiridos em anos de lutas.

Os trabalhadores vêm lutando heroicamente em 2016, desde o PL 257 promovido por Dilma e pelo PT, que reestruturava as dívidas dos estados, acompanhado de um duro plano de austeridade. No entanto, esse PL foi derrotado por uma greve de 5 meses dos profissionais de educação.

A burguesia precisa impor um novo patamar de exploração à classe trabalhadora para salvar os seus negócios. Grécia, Portugal, Espanha, França, Itália, Argentina, enfim, a maioria dos países do mundo está passando por esses mesmos “ajustes” e as consequências para nossa classe são terríveis: desemprego, inflação, miséria e violência. Entretanto, a resistência tem sido crescente contra esses governos, inclusive contra Tsipras na Grécia, que segue as orientações do Fundo Monetário Internacional, Banco Central Europeu e a União Europeia.

No Brasil e no Rio de Janeiro temos governos frágeis, sem quase nenhuma popularidade, que podem ser derrotados pela organização e mobilização. Os estudantes secundaristas e universitários estão dando uma verdadeira aula de luta contra a PEC 241 e a reforma do Ensino Médio. Essa juventude junto com os trabalhadores pode sair vitoriosos.

O PSTU-RJ faz um chamado sincero a todas as organizações políticas, sindicatos, entidades estudantis e populares para que construamos uma Greve Geral no estado do Rio de Janeiro.

A Jornada Nacional de Lutas proposta pela CSP-Conlutas às principais centrais do país poderá cumprir um papel muito importante na abertura de uma nova onda de lutas contra Temer e os governadores. É muito progressivo que o dia 25 de novembro tenha sido construído por todos coletivamente.

Vamos buscar a solidariedade ativa do setor privado para que se some à luta dos servidores para que derrotemos os planos de Temer e Pezão. A CUT, CTB e demais centrais têm muita responsabilidade neste processo. Sem as centrais sindicais que dirigem os metalúrgicos, os operários da construção civil, os petroleiros, etc., não será possível fazer esse movimento. Devemos fazer reuniões, plenárias, assembleias e tudo o que for preciso para fortalecer a nossa greve.

Todos às ruas dias 11 e 25 de novembro, que serão passos fundamentais para construção da Greve Geral.

Por PSTU-RJ