Aline Costa, de Salvador (BA)

Porto Alegre (RS) – Brasil, 3 de fevereiro – 1.297 km de estrada, 36 horas de viagem de ônibus e dentro dele 26 aguerridos militantes do PSTU brasileiro. Fomos com toda disposição e orgulho participar do ato em homenagem aos 30 anos, completados dia 25 de janeiro, sem o nosso grande dirigente trotskista, Nahuel Moreno. O destino: Buenos Aires – Argentina, sua terra natal.

Fomos em um grupo pequeno do partido, composto por militantes de vários municípios do estado gaúcho (São Leopoldo, Sapucaia do Sul, Canoas, Gravataí, Santa Maria, Santa Cruz, Bagé, Passo Fundo), mas tínhamos a certeza de sermos maiores, pois representamos todos e todas que constroem o partido no Brasil.

Partimos determinados como somos. Enfrentamos o cansaço físico e a burocracia da entrada na capital argentina que quase sempre nos toma tempo e a paciência. No entanto, nada nos roubou a convicção de que precisávamos estar lá para prestigiar um momento tão importante. Temos consciência de que nossa maior homenagem a Moreno é manter vivo o legado que ele nos deixou para continuarmos lutando pela Quarta Internacional, pela emancipação da nossa classe, tendo o operariado à frente desse processo. Por isso, em nossas mentes está a certeza de que sua presença é e deve ser sempre aclamada pelos que creem que essa luta está viva e continua com força.

Chegamos no sábado, dia 4, pouco antes do ato. A emoção de participar desse momento foi ainda maior porque estávamos juntos aos nossos camaradas do PSTU argentino, representando parte das organizações que compõem a LIT-QI, que Moreno fundou e nos deixou também a responsabilidade de manter viva.

Já no ato, trabalhadores, trabalhadoras, operários, militantes e convidados lotaram o auditório do Hotel Bauen, no centro de Buenos Aires. Mais de 200 pessoas puderam ouvir as palavras emocionantes dos que compuseram a mesa na atividade. Entre os camaradas brasileiros na mesa, Eduardo Almeida falou pela LIT e a companheira Vera Lúcia pelo PSTU Brasil. Dos camaradas argentinos estavam Daniel Ruiz e o camarada Eduardo Barragán, companheiro que morou e militou com Moreno e nos contou da sua trajetória de lutas com a veracidade de quem viu, ouviu e lutou junto, trazendo consigo e compartilhando com os presentes e para o mundo (transmitimos o ato ao vivo pela internet) a certeza de que precisamos seguir lutando com as armas que ele nos deixou.

“Somos los troskos, los troskos de Moreno, Somos los bolches del movimiento obrero!”
Levantamos bandeiras, gritamos palavras de ordem, cantamos o Hino da Internacional e confraternizamos após o ato. Em seguida, pegamos a estrada de volta, fortalecidos pela bela e merecida homenagem que tivemos a oportunidade de poder participar e ainda mais certos de que para a nossa classe não existe fronteiras, não importa a distância, nem os idiomas nos separam. Nos unimos pela necessidade da luta. Somos trotskystas, morenistas, internacionalistas!!

Nahuel Moreno, presente!

Viva a Revolução Socialista!

Viva a LIT-QI!

Viva o PSTU!