Não toleramos o método da violência física para ganhar uma discussão política no movimento. Nossa corrente política, inclusive, nasceu lutando não só contra a violência da burguesia, mas também contra a violência stalinista que perseguia, agredia e executava militantes trotskistas em todo o mundo. Defendemos que as diferenças políticas sejam tratadas no debate saudável e que a democracia do movimento decida os rumos a serem tomados. Nesse sentido, queremos esclarecer o ocorrido na UERJ.

Há um extenso histórico de ameaças e tentativas de agressões por parte do MEPR não somente contra ao PSTU, mas também contra outras organizações. Recentemente agrediram uma ativista de outra chapa na última eleição do DCE UERJ. No ato ocorrido em defesa dos terceirizados da UERJ no dia 14 de abril, além de nos ameaçar fisicamente durante toda manifestação, ao final deram socos em um ativista que não concordava com sua linha política. Após o ato, quando 2 militantes nossos estavam deixando a UERJ, fomos cercados e prometeram nos agredir caso continuássemos a polemizar com eles.

As provocações, calúnias e ameaças deles sempre foram uma constante nos atos, assembleias ou em qualquer lugar. Nunca caímos nas provocações e respondemos as calúnias politicamente, apesar de já terem tentado invadir e depredar nossa sede no dia 1º de abril de 2014.

Toda nossa diferença política com este setor as tratamos no terreno do debate político. O MEPR tem uma concepção oposta de movimento. Não toleram as diferenças políticas e tentam resolvê-las de forma autoritária. Para eles tudo se justifica, porque afinal de contas eles são os revolucionários e todos os demais são pelegos ou agentes policiais.

Escutamos desde de 2013 que somos o “P2TU”, só porque nunca concordamos com o “método” Black Bloc. Apostamos todas as nossas fichas nas ações do movimento de massas, e por isso estivemos presentes nas greves operárias de Jirau, Belo Monte e Comperj. Já o MEPR centra suas forças nas “ações exemplares da vanguarda combatente”. Uma polêmica justa e legítima, mas o MEPR calunia aqueles que ousam desafiar suas diretrizes.

Na última semana, esta organização stalinista ultrapassou todos os limites pondo em risco a integridade física de nossos militantes e nos impedindo pela violência de participar de uma assembleia estudantil. Enquanto nossa militante (uma jovem lutadora) denunciava as ameaças do MEPR na assembleia estudantil no dia 16 de abril, a impediram de falar e foram agredir nossos militantes. O fato é que fomos expulsos covarde e violentamente por eles da assembleia.

Diante destes fatos, defendemos nossa militância destas agressões e ameaças. Não utilizamos a violência para vencer discussões políticas. Ali se tratava de garantir a integridade física de nossos militantes e o direito destes participarem de uma assembleia estudantil. O PSTU defenderá sempre a democracia operária e o método do debate político diante das inúmeras divergências entre as organizações. Expulsar na força militantes de assembleias, intimidações e agressões são um grande ataque à democracia do movimento, que não podemos aceitar.

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