Militantes do PCO atacaram membros da Juventude do PSTU após assembleia

Na noite desse 7 de novembro, dois militantes do PSTU foram covardemente agredidos por pessoas ligadas ao PCO após a Assembleia Geral no saguão do prédio da História e Geografia.

Terminada a assembleia que definiu os rumos da greve e da ocupação da reitoria da universidade, quando os estudantes já se dispersavam, dois militantes do PCO se aproximaram e um deles investiu com violência contra um dirigente da Juventude do PSTU, pelas costas e com uma garrafa de vidro, enquanto este falava ao telefone.

Felizmente, um outro militante da juventude do partido, percebendo a tentativa de ataque, conseguiu evitar o que poderia ter se tornado uma tragédia, e empurrou o agressor. Nisso, o outro membro do PCO agrediu brutalmente o militante, com socos no rosto.

É lamentável que correntes políticas, sobretudo as que se reivindicam de esquerda, partam para ações desse tipo, típicas de grupos gangsteris. Esse tipo de ataque só enfraquece o movimento e a luta dos estudantes, e ajuda a repressão de Rodas e Alckmin. Infelizmente, não é a primeira vez que o PCO parte para a violência física como forma de resolver polêmicas políticas. Esse grupo já há muito vem se utilizando de provocações contra outras correntes e ativistas dentro dos espaços do movimento.

O PSTU, ao contrário, resolve suas polêmicas e diferenças no debate político dentro dos fóruns do movimento. Na assembléia anterior, por exemplo, seus militantes defenderam de forma franca e honesta o fim da greve estudantil e da ocupação, por entenderem ser esta a melhor tática para aquele momento, a fim de fortalecer a luta pelas diretas na USP e demais reivindicações. A proposta foi derrotada na votação e os militantes do partido foram os primeiros a proporem a defesa incondicional da ocupação frente à ameaça de reintegração por parte da Polícia Militar.

É preciso que o conjunto do movimento repudie com força essas agressões, ainda mais num momento em que a greve dos estudantes e os movimentos sociais como um todo sofrem uma ofensiva de criminalização por parte das forças de repressão e dos governos.