Comemoração teve ato político e até bolo de aniversário
João Paulo da Silva

Festividade marcou a celebração dos 15 anos do partido com muita emoção e animaçãoNa noite de 31 de julho, o PSTU do Rio Grande do Norte realizou um ato-festa para relembrar as lutas que marcaram a história do partido e celebrar seus 15 anos em defesa dos trabalhadores e do socialismo. A festividade ocorreu num dos bares mais frequentados do centro de Natal e reuniu cerca de 100 pessoas entre militantes, membros de outras organizações de esquerda, ativistas sindicais e colaboradores, como o chargista Amâncio.

Marcada por muita emoção e animação, a atividade contou com momentos de grande importância. A exibição do documentário “Meu Partido é Assim” e a exposição de fotos raras e recentes se encarregaram de contar a trajetória de lutas do PSTU no Brasil e no Rio Grande do Norte.

Houve, também, a leitura das cartas de militantes que hoje vivem em outros estados. Entretanto, o momento de maior emoção foi a homenagem feita a Gildo Rocha e a José Luís e Rosa Sundermann. Em respeito à memória dos companheiros assassinados, todos os presentes fizeram um minuto de silêncio.

O ato-festa ainda contou com a formação de uma mesa, composta por dirigentes e militantes do partido. Na ocasião, eles lembraram as importantes lutas que estão ocorrendo e reafirmaram o compromisso do PSTU em defesa do socialismo. O PSOL esteve presente e fez uma saudação. “Penso que o PSTU se confunde com a revolução. O PSOL acredita que vocês têm cumprido um importante papel na luta da classe trabalhadora pelo socialismo”, disse Sandro Pimentel, presidente do PSOL no estado.

Em suas intervenções, os militantes do partido denunciaram a ocupação do Haiti, o golpe em Honduras, a corrupção do Senado e a política do governo diante da crise, além de fazerem um chamado para a construção do partido.

Bárbara Rocha, estudante de Serviço Social e militante do PSTU, explicou as razões que a fizeram entrar no partido. “Coloquei minha vida no projeto da revolução, no projeto do PSTU, porque acredito no programa do socialismo”, disse.

A enfermeira e dirigente sindical, Simone Dutra, lembrou a degeneração da maioria dos partidos de esquerda, afirmando que onde muitos caíram o PSTU se manteve firme. “Os 15 anos foram de muita resistência. Muitos se perderam pelo caminho. Mas nós temos princípios e convicções fortes. Nós não acreditamos no vale tudo”, defendeu.

Por fim, um dos fundadores do PSTU no Rio Grande do Norte, Dário Barbosa, apontou o socialismo como a única saída frente à barbárie capitalista. “O socialismo não é uma utopia, é uma necessidade. A burguesia já fez a sua revolução. Está na hora dos trabalhadores fazerem a sua. Nas escolas, nas ruas, nos bancos, nas fábricas. É por aí que construiremos a revolução. Este é o nosso partido”, concluiu.

Ao final, todos os presentes cantaram o hino da Internacional e se serviram do bolo dos 15 anos do PSTU.