Abaixo a repressão: punição ao governo Wilson pela truculência policial

A luta contra o aumento da passagem de ônibus voltou às ruas de Teresina (PI) tão logo começou 2012. Derrotado pelas intensas mobilizações unitárias dos movimentos estudantis, populares e sindicais realizadas em agosto e setembro do ano passado, o prefeito Elmano Ferrer (PTB) esperou as festas de fim de ano e as férias escolares para impor novamente o reajuste da passagem de R$ 1,90 para R$ 2,10, na tentativa de desarticular a luta contra o aumento.

Para tentar enganar a população e dar uma roupagem positiva para o aumento que contempla os empresários do transporte da cidade (reunidos na entidade patronal Setut), foi imposto o aumento junto com uma falsa integração das linhas de ônibus, onde há a cobrança de uma segunda passagem (metade do preço) e sem atender todas as regiões da cidade. A tarifa de R$ 1,90 já era abusiva. Segundo o Ministério Público Estadual, que questionou o aumento na Justiça, o preço da passagem deveria ser de R$ 1,75 no máximo.

O Fórum do Transporte Público Estadual em Defesa do Transporte Público, composto por ativistas independentes e diversas entidades, entre elas a CSP-Conlutas e a Assembleia Nacional de Estudantes Livre (ANEL), que teve papel importante na revogação do aumento em 2011, voltou a se reunir e a planejar novos atos contra o aumento da passagem, realizados a partir de 2 de janeiro. Mas tal qual aconteceu no ano passado, a prefeitura acionou o governo estadual de Wilson Martins (PSB) para reprimir brutalmente as manifestações.

O PSTU repudia toda e qualquer tentativa de criminalização e a repressão ao movimento contra o aumento da passagem. O partido se solidariza aos estudantes que foram agredidos pela Tropa de Choque da PM e por uma milícia contratada pelos empresários, a empresa de segurança CETSEG. O governo Wilson Martins deve não apenas indenizar as vítimas, mas também ser denunciado em todos os órgãos de Direitos Humanos e ser punido pela truculência policial utilizada contra os movimentos sociais. Os empresários devem também ser punidos pela formação de milícia para reprimir as mobilizações.

O aumento do preço da passagem de ônibus mostra, mais uma vez, que a prefeitura de Teresina continua na defesa intransigente dos lucros dos empresários do setor de transporte, ao mesmo tempo em que exclui milhares de teresinenses do direito de ir e vir, devido ao altíssimo preço da passagem cobrado por um serviço de péssima qualidade.

O PSTU defende a revogação imediata do reajuste da passagem e que seja realizada uma integração do transporte de verdade, com a cobrança de apenas uma passagem. Entendemos, no entanto, que a luta não deve se limitar apenas à revogação do aumento. Transporte público é direito e não pode ser objeto de lucro dos empresários. É necessário romper com o Setut e criar uma companhia municipal de transporte público e lutar pelo passe-livre para estudantes e desempregados.

Todo apoio à luta contra o aumento!
Integração de verdade: sem aumento e com apenas uma tarifa!
Setut manda na prefeitura de Teresina: Fora Elmano!
Por um governo socialista, da classe trabalhadora!