Nesta terça-feira, 3, reuniram-se trabalhadores, sindicalistas, lutadores e ativistas em geral e militantes de partidos e organizações de esquerda para denunciar as práticas anti-sindicais que têm se proliferado em nosso país nos últimos meses. O ato contou com a presença de representante da Organização Internacional do Trabalho (OIT), Dr. Stanley Gacek, e representante do Ministério Público do Trabalho, Dr. Francisco Gerson Marques,que também é coordenador da Coordenadoria Nacional de Promoção das Liberdades Sindicais (Conalis).
 
Tiveram destaque no ato os metroviários demitidos em 2007 por conta de uma greve e cuja readmissão já foi exigida do governo brasileiro pela OIT, mas ainda não foi efetivada. Também foi importante a denúncia feita pelos trabalhadores da Universidade Federal do ABC que estão sendo processados pela instituição por terem se organizado para lutar contra o assédio moral em seu local de trabalho.
 
Muitos outros casos foram relatados em instituições como IBGE e Banco do Brasil, e chama a atenção o fato de os trabalhadores apontarem que a repressão à sua organização está se intensificando, particularmente por parte dos governos federal e estaduais.
 
O PSTU esteve presente. Lígia Gomes, militante do partido e trabalhadora da Universidade Federal do ABC, destacou que a crescente criminalização dos movimentos sociais não é um problema isolado de cada sindicalista ou de cada local de trabalho, mas tem sido uma política do governo Dilma, junto com os governos estaduais em todo o país para calar as vozes das ruas que se levantaram desde junho.
 
A militante apontou que, além dos ataques à organização sindical, os militantes do PSTU têm sido perseguidos em todo o Brasil. Em São Paulo, são cerca de 50 militantes sofrendo inquéritos policiais por sua participação em manifestações. No Rio Grande do Sul, um jovem militante teve sua casa invadida e devassada pela polícia.
 
Em todos os estados onde o povo se rebela a situação se repete. Amanda Gurgel, vereadora do PSTU está sendo ameaçada de cassação pela ocupação da câmara de Natal na luta pelo passe-livre estudantil e por ter denunciado a máfia das empresas de transporte na câmara.
 
Por isso, o PSTU esteve no ato e impulsionará a todo momento a organização e a solidariedade entre todos os que acreditam que a luta pode melhorar a vida e transformar a sociedade.
 
Para dar continuidade a luta pelo direito de lutar, a CSP-Conlutas está convidando todos os ativistas e organizações interessados a comparecer a uma reunião para conformação de um fórum contra a criminalização dos movimentos sociais. O evento acontecerá no Largo São Francisco, centro de São Paulo, no dia 10 de dezembro próximo, terça-feira, às 19h!