O aparato policial atual não serve em nada para o combate à violência e à criminalidade. Portanto, o primeiro que devemos defender é o fim do atual aparato policial repressivo, começando pelo fim imediato das tropas encarregadas de repressão às manifestações e distúrbios sociais.
Mas isso não pode gerar um vazio para a comunidade, em seu lugar devemos construir uma Policia Civil Unificada, que defenda os interesses dos pobres e dos bairros da periferia, com função de dar proteção a integridade física das pessoas e aos bens dos trabalhadores de sua região. Além de combater os grandes bandidos e narcotraficantes que intimidam a população mais carente nas favelas e nos bairros pobres.
Com uma estrutura interna democrática, eleição dos superiores, direito a sindicalização e a greve. Os delegados, promotores e juizes devem ser eleitos pela comunidade.
Deve-se formar Grupos Comunitários encarregados de controlar o trabalho das policias nos bairros, subordinados aos Conselhos Populares de Segurança, formados por associações de bairros, sindicatos e organizações populares, como MTST, MST etc.
Junto com isso, deve-se criar um voluntariado de trabalhadores para combater a violência e a criminalidade, formado por membros de confiança da comunidade e dos Conselhos Populares de Segurança, que receberão treinamento militar, de combate a incêndio, enfermagem, técnicas de investigação, etc.
Construir uma polícia contra a verdadeira criminalidade pressupõe também salários e condições de trabalho dignas para o conjunto do funcionalismo público e capacitação profissional para a investigação. Além de investir em tecnologia, mapear a criminalidade e estabelecer políticas específicas de combate ao crime.
Post author Américo Gomes,
de São Paulo
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