Em artigo, Toninho Ferreira chama trabalhadores e estudades a fortalecerem a luta pelo Fora Alckmin e iniciar, em Taubaté, uma campanha Fora Ortiz e Edson

Nem mesmo a “Velhinha de Taubaté” ficaria indiferente diante dos escândalos de corrupção nos últimos tempos. O mais recente em sua própria cidade natal,   que resultou, semana passada, na cassação do prefeito Ortiz Júnior (PSDB) e do vice Edson Oliveira (PTB).

A personagem, criada pelo escritor Luís Fernando Veríssimo nos tempos da ditadura, se caracterizava em ser a última pessoa a duvidar do governo. Ironicamente, teve seu falecimento anunciado em 25 de agosto de 2005, em meio à crise do Mensalão.

Mas, se estivesse “viva”, não deixaria de ficar escandalizada com o propinoduto tucano, o esquema de corrupção, por meio de fraude em licitações, que veio à tona recentemente em São Paulo e agora em Taubaté.

Em São Paulo, o Ministério Público investiga a prática de cartel em obras e manutenção do metrô e trens. São 45 inquéritos em andamento desde 2008 para investigar crimes de improbidade administrativa e de lesão ao patrimônio público que ocorriam desde 1998, todos sob os governos do PSDB.

Em Taubaté, segundo o Ministério Público Eleitoral, o esquema ocorreu por meio de desvio de recursos públicos da FDE (Fundação para o Desenvolvimento da Educação), entidade ligada ao governo do Estado e que era presidida pelo ex-prefeito Bernardo Ortiz, pai de Júnior.Em apenas uma licitação fraudulenta na FDE, Ortiz Júnior teria recebido R$ 1,74 milhão como comissão.

O ex-prefeito Roberto Peixoto (que foi do PMDB e agora está sem partido) também teve o mandato marcado por denúncias de corrupção e quase foi alvo de impeachment. A postura desses governantes, além de crime, é um desrespeito à população que, no dia a dia, é quem acaba sofrendo as consequências desses atos.

Político corrupto ou que faz mau uso do dinheiro público tem de ser cassado. É por entender dessa forma que o PSTU sempre esteve nas lutas contra a corrupção e já entrou com várias ações judiciais para reduzir os salários de prefeitos e vereadores em São José e Jacareí e, recentemente, ganhamos uma ação que tornou inelegível por cinco anos o deputado estadual Alexandre da Farmácia (PP), condenado por improbidade administrativa quando era vereador.

A população está farta dos políticos e partidos que a cada dia se veem mais afundados em escândalos. Na onda de mobilização que tomou o país desde junho, o repúdio à corrupção tem sido um dos principais protestos dos manifestantes. Este é o caminho. Foi a pressão das manifestações que fez os parlamentares     derrubarem a PEC 37 (da impunidade) e tornar a corrupção crime hediondo.

É preciso ir às ruas para exigir a punição e prisão de corruptos e corruptores e a devolução de todo o dinheiro roubado aos cofres públicos! Vamos fortalecer a luta pelo Fora Alckmin e iniciar em Taubaté uma campanha pelo Fora Ortiz e Edson!

A corrupção é um mal presente em todos os regimes em que uma minoria controla o Estado, sem nenhum controle dos trabalhadores e da maioria da população.

O PSTU defende que os trabalhadores possam eleger seus representantes com mandatos revogáveis a qualquer momento. Os representantes eleitos devem receber o mesmo salário de um operário qualificado, não mudando o nível de vida que tinham antes. Mas para acabar realmente com a corrupção, é preciso romper com a democracia dos ricos, acabar com o capitalismo e construir uma sociedade socialista, onde não sejam as grandes empresas que controlem o país, mas os trabalhadores.

*Artigo originalmente publicado no Jornal O Vale de 29/08/2013

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