Foto: Arquivo Sindconfe

 
Da Praça do Carmo à Praça do Ferreira, no Centro de Fortaleza, milhares de trabalhadores de diversas categorias participaram do Dia Nacional de Paralisações contra o Projeto de Lei 4330 que amplia as terceirizações e precariza as condições de trabalho. Convocado nacionalmente pela CSP-Conlutas, CUT, CTB, NCST e Intersindical, o ato contou também com a adesão de partidos políticos e movimentos estudantis, sociais e populares.
 
Dentre as categorias participantes do ato construído em unidade entre as centrais sindicais, merecem destaque os operários da construção civil. Dos canteiros de obras ao ato público, o setor marcado pela forte precarização – e que já conta com uma série de atividades terceirizadas – realizou paralisações e levou às ruas cerca de 500 trabalhadores, marcando, assim, o caráter da coluna organizada pela CSP-Conlutas.
 
Outro setor fundamental para que o grande ato realizado em Fortaleza fosse possível foi o de trabalhadores rodoviários. Depois de parar todos os ônibus da cidade no último dia 7, como parte da Jornada de Lutas contra o PL 4330 e o pacote de medidas do governo Dilma, a categoria, mesmo sofrendo forte perseguição dos patrões, realizou paralisação de duas horas no centro da cidade, possibilitando que a mobilização ocorresse pelas ruas da região.
 
Operárias da confecção feminina, que enfrentam, nas fábricas, as péssimas condições de trabalho, também paralisaram as atividades e estiveram nas ruas para protestar contra a aprovação do PL. Para as trabalhadoras dessa categoria, se aprovado, o setor vai passar pela abertura geral e irrestrita da prestação de serviço sem vínculo empregatício.
 
Também com o apoio da CSP-Conlutas, desta vez, por meio da oposição “Pela Base na Educação”, professores da rede municipal de ensino também paralisaram as atividades em escolas.
 
O PSTU esteve presente no ato, destacando a importância da unidade na luta para derrotar o ajuste fiscal do governo Dilma e do Congresso Nacional. Para o operário Valdir Pereira, está colocada a necessidade de construção de uma alternativa para os trabalhadores. “Não existe só o campo do governo e o campo da direita. É preciso construir o terceiro campo, o campo dos trabalhadores. Nem o governo que ataca, nem a direita que quer voltar. A saída é construir uma alternativa de classe para a crise que assola o País!”.