Enquanto a economia despenca numa recessão sem horizonte para terminar, eles lucram bilhões. Lucram com os juros estratosféricos, com taxas extorsivas e com a superexploração de seus funcionários. Enquanto a taxa de desemprego salta para 11,2% e o rendimento do trabalho cai mais de 3%, eles lucram com a crise. E ainda assim, sonegam impostos e, quando pegos, corrompem funcionários para se safarem das multas. Sim, estamos falando dos banqueiros. Não há limites para a ganância dessa gente que ganha com a desgraça do povo.

O indiciamento do presidente do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco, mostra bem como isso funciona. Trabuco acaba de ser indiciado pela Polícia Federal na Operação Zelotes, que investiga o pagamento de propinas para safar peixões do sistema financeiro de multas da Receita Federal. Trabuco e dois executivos do Bradesco são suspeitos de terem pago dinheiro a lobistas e a membros do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf) para anular dívidas de R$ 3 bilhões do PIS (Programa de Integração Social) e Confis (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social).

Para os banqueiros não há limites. Se beneficiam de toda uma política econômica aplicada por Dilma e agora por Temer que faz com que sigam lucrando mesmo com a crise, mas isso só não basta. Ainda se utilizam da corrupção para não pagarem impostos que deveriam ir para o financiamento da Seguridade Social e para o pagamento de seguro-desemprego. Isso ao mesmo tempo em que exigem uma reforma da Previdência e trabalhista! É ou não é muita cara de pau?

Longe de ser um caso isolado, os bancos Safra e Santander também estão na mira das investigações. Ah, e para quem não se lembra, Trabuco foi convidado por Dilma para assumir o ministério da Fazenda no ano passado. Esperto que é, preferiu continuar operando suas tramoias no Bradesco.

 
 
 

Post author